terça-feira, 13 de novembro de 2018

ONU capacitou forças da Guiné-Bissau para garantir segurança nas eleições

[…] A passagem do poder na Guiné-Bissau “é de civis para civis” e que “os riscos são muito, muito altos” vistos em momentos como o levantamento de cartões no registo eleitoral
 […] As forças de segurança “estão bem preparadas e disponíveis” para actuar de forma adequada na eleição, garantindo a segurança de oficiais eleitorais e nos postos de votação

Comissário da Polícia da ONU no país explicou que meta é facilitar coesão e organização durante a votação; mais de 2,5 mil agentes policiais e militares em quatro regiões guineenses foram envolvidos nas sessões.

A Polícia das Nações Unidas já capacitou 2,5 mil funcionários da aplicação de lei em questões de segurança eleitoral da Guiné-Bissau.

A informação foi dada pelo comissário da Polícia do Escritório Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau, Uniogbis, em declarações à ONU News, em Nova Iorque.

Vence Gariba contou que nas sessões também participaram militares para assegurar que haja coerência e coordenação durante as eleições. Segundo as autoridades guineenses, a votação para escolher membros do Parlamento deve ocorrer este ano e para eleger o presidente no início de 2019.

O especialista declarou que mesmo apesar de os militares não fazerem parte do processo das eleições, estes servirão de uma “força de reserva” como parte do centro de comando eleitoral conjunto. A sua função será providenciar a segurança nas eleições quando forem solicitados.

Os membros das forças de segurança guineenses foram formados nas regiões de Bubaque, São Domingos, Buba e Bafatá.

As Nações Unidas fazem parte do chamado P5, grupo de organizações internacionais que acompanham a situação política na Guiné-Bissau. O P5 envolve ainda a União Africana, a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, CEDEAO, a União Europeia e a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, CPLP.

Sobre o cenário antes da votação, Vence Gariba disse que há uma diferença com as eleições de 2014, que foram marcadas por “grandes expectativas” de políticos com a “passagem do poder do regime militar para o civil”.

O comissário contou que desta vez, a passagem do poder “é de civis para civis” e que “os riscos são muito, muito altos” vistos em momentos como o levantamento de cartões no registo eleitoral.

Gariba disse que a missão da ONU coopera com autoridades policiais onde quer que haja sinais de alerta para que agentes da lei sejam enviados para "reverter incidentes antes de qualquer escalada".

O comissário informou que as forças de segurança “estão bem preparadas e disponíveis” para actuar de forma adequada na eleição, garantindo a segurança de oficiais eleitorais e nos postos de votação.Com a ONU News

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