Caros
membros da Comissão de Honra e da Mesa do Congresso:
Cumprimento
os membros da nova Comissão Nacional do Partido da Renovação Social. A vossa
eleição demonstra a unidade e a força do Partido.
Dirijo
agora palavras de reconhecimento e incentivo à nossa estrutura da Juventude e
às mulheres renovadoras, a quem dirijo as minhas sinceras desculpas pelo
incumprimento do cumprimento de boas-vindas.
Agradeço
a todos porque certamente contribuem para a vitalidade, a força e a modernidade
do PRS, um partido que se dirige a todos os Guineenses, de todas as condições.
Saúdo
igualmente todos os militantes pelo trabalho demonstrado ao longo destes anos,
e que pode e deve ser conjugado com rigor e responsabilidade, com solidariedade
nacional e com democracia adulta.
Saúdo
em especial os delegados a este Congresso que tiveram a coragem de se deslocar
dos mais longínquos cantos da nossa terra, e também cumprimento de uma forma
especial os delegados que, vindos de todas as partes do mundo, representam o
PRS na diáspora guineense. Quero expressar-lhes, em meu nome próprio e em nome
do PRS, partido, com o qual contarão sempre no apoio necessário, nos combates
que se avizinham.
O
PRS lidera a partir de hoje a construção de uma alternativa de rigor,
transparência, convivência democrática e desenvolvimento para a Guiné-Bissau. E
terá, nesta sua tarefa histórica, a solidariedade e o apoio de todos os
renovadores.
Em
meu nome e no nome de todos vós, dou também as boas-vindas aos nossos
convidados.
Saúdo
Sua Excelência o Senhor Primeiro-ministro.
Saúdo
os senhores Embaixadores e elementos do Corpo Diplomático.
Cumprimento
ainda, com respeito e consideração democrática, os partidos políticos
guineenses aqui representados. Registamos esta boa tradição da nossa
democracia, que o nosso Partido cultiva com prazer e dignidade. É uma honra
ter-vos connosco, num momento, que apesar de difícil, evidencia bem o nosso empenho
na afirmação da democracia pluralista e pluripartidária. Saúdo e agradeço,
portanto, a presença das delegações do PAIGC, do PRID, da RGB, da UPG e da Nova
Democracia.
Cumprimento
igualmente os representantes dos parceiros sociais. Sabem, por experiência
própria, que o PRS é um partido empenhado na concertação social. Pois é assim
que o PRS vai continuar: defensor e praticante do diálogo social, a bem dos
trabalhadores e das empresas.
Cumprimento,
em suma, todas as convidadas e todos os convidados. E deixem-me dirigir uma
palavra final de reconhecimento aos que trabalharam na preparação deste
Congresso.
Aceita,
caro Eng.º Orlando Viegas, como Presidente da Comissão Organizadora, e em nome
de todos, uma palavra de felicitações e agradecimento.
Caras
e caros Companheiros:
Este
IV Congresso foi uma lição para muita gente!
O
Povo guineense viu neste IV Congresso do nosso Partido, um PRS unido, mobilizado
e determinado.
Os
Guineenses viram aqui, em primeiro lugar, um Partido unido. Sim, um Partido
unido. Porque este
Congresso
foi uma grande lição de unidade. A unidade de todo o Partido na afirmação dos
seus princípios e dos seus valores; a unidade de todo o Partido na defesa do
seu trabalho ao serviço do País e na defesa do seu projeto para o futuro da
Guiné-Bissau.
Mas
este Congresso mostrou também um Partido mobilizado. Mobilizado, com toda a sua
força, para defender a Guiné-Bissau e para lutar pela vitória nas próximas
eleições.
Neste
Congresso o PRS deu também, uma grande lição de força e determinação. A
determinação de quem não desiste. A determinação de quem não se conforma. A
determinação de quem tem ambições para enfrentar e para superar as
dificuldades, ao lado dos Guineenses, ao lado dos trabalhadores e das suas
famílias, ao lado das empresas, em defesa do interesse nacional e de um futuro
melhor para todos.
Mas
este Congresso mostrou também aos Guineenses que o PRS é um partido com ideias
claras. A nossa agenda não é feita de ideias vagas e de palavras vazias.
E
por isso os Guineenses sabem onde nos podem encontrar. O nosso posicionamento
político situa-se ao centro, e na esquerda democrática e moderna.
Defendemos
a consolidação das instituições do Estado e defendemos a promoção do
investimento económico, de modo a gerar mais emprego e riqueza nacional.
Defendemos
a proteção social do Estado, com serviços públicos, eficientes, acessíveis a
todos e a todos garantindo igualdade de oportunidades.
Defendemos
a modernização da nossa sociedade, com mais qualificação e mais tecnologia, mas
com menos burocracia para os cidadãos e menos burocracia para as empresas.
Defendemos
uma visão universalista para o nosso País, o nosso empenhamento ativo nas
Nações Unidas como forma de aumentar o prestígio da Guiné-Bissau, a nossa plena
participação no plano da integração regional, a defesa sem complexos de uma
lusofonia sem patrões, e a ligação estreita com as comunidades da nossa diáspora.
Este
é o Partido da Renovação Social, o grande partido da democracia guineense, que
sempre soube, e saberá sempre nos momentos mais difíceis, reconhecer e defender
o interesse nacional. O partido da liberdade, da transparência e da justiça,
mas também o partido da igualdade, da modernidade e da solidariedade social.
Neste
momento particular da nossa História, posso assegurar-vos de que estou muito
satisfeito, porque o PRS é, hoje um partido, unido e mobilizado, com sentido de
responsabilidade e com ideias claras para o País.
Estamos
conscientes de o nosso querido País necessita de muitas coisas, mas se há coisa
de mais necessita hoje, é de responsabilidade, maturidade política e ideias
claras.
Viva
o Partido da Renovação Social!
Viva
a Guiné-Bissau!
Agora,
gostaria de dirigir-me a todos os Guineenses que connosco partilham estes
momentos de alegria da família Renovadora.
O
Livro de Eclesiastes, no Velho testamento, cita palavras do rei Salomão, que
passo a citar:
“Tudo
tem o seu tempo determinado, e há tempo para todos os propósitos debaixo do
Céu;
Há
tempo para nascer e tempo para morrer; tempo para plantar e tempo para arrancar
o que se plantou;
Tempo
para chorar e tempo para rir; (…)
Tempo
de espalhar pedras e tempo para juntar pedras; (…)
Tempo
para amar e tempo para odiar; Tempo de guerra e tempo de paz.”
Eu,
Koumba Yalá, aproveito esta ocasião soberana que se me oferece para vos
declarar que me despeço, não da política, mas das disputas de mandatos e de
cargos políticos partidários, porque em meu entender, o cumprimento dos deveres
de cidadania não se esgota na militância partidária.
E
também aproveito para vos lembrar que Aristóteles já advertia, na Grécia
Antiga, que o homem é um animal político, querendo destacar o pressuposto da
vida gregária dos homens, porque o homem sozinho é uma abstração.
Esta
grande Casa onde habitei por quase duas décadas é feita à imagem e semelhança
do povo guineense, e, por isso mesmo, tem as virtudes e os deméritos que
decorrem da própria natureza humana.
Aqui,
vivi momentos de alegrias e vitórias, mas também de ostracismo e
desapontamento. Mas não poderia ser diferente; assim é a política, assim é a
vida.
A
minha decisão de não disputar mais uma Presidência do PRS decorre do
reconhecimento de que o tempo, os novos costumes políticos e as circunstâncias
me indicavam esse caminho.
Parto
com a consciência tranquila de que sempre procurei dar o melhor dos meus
esforços na Presidência do Partido da Renovação Social.
As
iniciativas, de que participei no plano nacional, conhecendo as possibilidades
do País, reforçaram em mim a certeza de que a Guiné-Bissau é maior do que os
seus problemas. Também parto com o imenso sentimento de dever cumprido, porque
ajudei a construir uma formação política, que apesar de todas as vicissitudes
tem-se mantido, e navegar acima de diferenças partidárias, sancionado pelo
entendimento de que o País para o qual trabalha tem saída. E esta deve-se
situar na sensatez política e não no sectarismo ideológico dos seus políticos.
Vivemos
a era da comunicação. Os circuitos comunicacionais, agilizados na internet,
consolidaram os termos tecnológicos do mundo globalizado. Estamos condenados à
tecnologia, nos seus benefícios e nos seus usos indevidos.
Mas,
esse incontornável processo de mudanças, que altera paradigmas sociais,
conviverá sempre com os valores imortais da ética e da liberdade.
Esses
valores são a base de toda a sociedade sustentável. Pois é no parâmetro ético
que os governos viabilizam a justiça. E é no espaço de liberdade que as pessoas
afirmam a sua cidadania.
Daqui,
sigo certo de que fui participante de momentos em que, à minha vista, se
despoletaram horas de grandeza e de drama, mas com a confiança de que a grande
instituição, que é o PRS, prosseguirá no papel que sempre teve, de testemunha
da nossa dimensão histórica e da nossa dimensão nacional.
E
com igual sentimento de valorização deste Partido, como instituição fiadora da
democracia, que acredito em mecanismos que continuem o seu aperfeiçoamento,
para cada vez mais situá-lo como instância representativa dos mais legítimos
interesses da sociedade guineense.
Neste
Partido, fiz amigos, como também os tive em diferentes partidos, preservarei,
contudo, a amizade, estando a todos abertas as portas da minha casa, como
estará sempre aberto o meu coração quando puder estreitá-los num abraço.
Não
vou esquecê-los.
Muito
obrigado.
Koumba
Yalá
Sem comentários :
Enviar um comentário
COMENTÁRIOS
Atenção: este é um espaço público e moderado. Não forneça os seus dados pessoais (como telefone ou morada) nem utilize linguagem imprópria.