O apuramento alcançado
esta terça-feira, nos arredores de Estocolmo, confirma a era de maior sucesso
da selecção portuguesa de futebol no quadro internacional. No século XXI,
Portugal assegurou uma vaga em todas as fases finais de Campeonatos da Europa e
do Mundo, num ciclo de oito presenças consecutivas, que poderá ser ampliado
ainda na caminhada para o Euro 2016, que terá lugar em França.
Esta sequência
representa mais de metade do total de qualificações (12) obtidas pela equipa
portuguesa ao longo de uma história que começou com um brilharete, em 1966
(terceiro lugar em Inglaterra, na era Eusébio), mas que foi posteriormente
marcada por vários hiatos competitivos. Só na década de 1980 (Euro 1984 e
Mundial 1986) Portugal regressaria à alta roda do futebol, com um quarto lugar,
em França, e uma queda ainda na fase de grupos, no México.
Durante a década
seguinte, a selecção nacional voltaria a acompanhar os mais importantes
torneios internacionais pela televisão e pelos jornais. E quando regressou aos
grandes palcos, no Euro 1996, fê-lo com uma equipa recheada de talentos saídos
da geração de ouro dos sub20, que se haviam sagrado bicampeões do mundo (1989 e
1991) pela mão de Carlos Queiroz. A equipa onde pontuavam nomes como Fernando
Couto, Paulo Sousa, Luís Figo, Rui Costa ou João Pinto seria, porém, travada
pela República Checa nos quartos-de-final, graças ao célebre chapéu de Karel
Poborsky a Vítor Baía.
O falhanço no
apuramento para o Mundial 1998, em França, seria a última escorregadela
portuguesa. Daí em diante, a começar no Euro 2000 (quarto lugar), iniciava-se
uma série de presenças contínuas nas grandes provas. De entre todas as
participações, a de maior sucesso foi o Euro 2004, que terminou com uma derrota
na final, em casa, frente à Grécia, mas que revelou todo o potencial de
Cristiano Ronaldo. E a de pior memória foi o Mundial de 2002, na Coreia do Sul
e no Japão, onde Portugal não foi além da fase de grupos, que partilhou com
Polónia, Coreia do Sul e EUA.
Ainda assim, António
Oliveira (que deixaria o cargo de seleccionador no final dessa campanha) entrou
no lote dos três técnicos que passaram pelo comando da selecção e que
alcançaram por duas vezes uma fase final – a primeira havia sido no Euro 1996.
Os outros dois são Luiz Felipe Scolari (Euro 2004 e Mundial 2006, onde Portugal
obteve um quarto lugar) e, agora, Paulo Bento, que junta o Mundial do Brasil ao
Euro 2012, disputado na Ucrânia e na Polónia, onde terminou na quarta posição.
//Publico
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