“É chegada a
hora de todos assumirmos que o primeiro compromisso
de todos os guineenses deve ser para com a Guiné-Bissau e que cabe ao povo
guineense a acção da MUDANÇA!”
Por, Fernando Casimiro (Didinho)
A ansiedade por mudanças, naturalmente sustentadas
pelas expectativas criadas com a reposição da ordem constitucional na
Guiné-Bissau, não deve, nem pode, hipotecar a essência da mudança, da GRANDE MUDANÇA
em si, sob pena de, voluntária ou involuntariamente, se deitar tudo a perder.
O momento continua a ser delicado perante
fragilidades e carências evidentes a vários níveis, que requerem visões e
acções inteligentes (suportadas pela sapiência, com ponderação, coerência e tolerância)
pese embora o regresso à ordem constitucional, por isso, devemos todos, tudo
fazer, para a promoção de um verdadeiro
clima de estabilidade, no actual contexto político com base no suporte
constitucional da organização do poder político do Estado, que se deseja, capaz
de garantir a consolidação da Paz, política e social, na Guiné-Bissau!
É chegada a hora de todos assumirmos que o primeiro compromisso de todos os guineenses deve
ser para com a Guiné-Bissau e que cabe ao povo guineense a acção da MUDANÇA!
Aconselha-se o diálogo permanente, com base na
transparência e no respeito pelas liberdades e pelos direitos fundamentais,
visando a restauração de um clima de confiança entre os guineenses, de uma
forma geral, e entre os diversos actores políticos e militares em particular.
Compromissos que não pressupõem, necessariamente, a
busca de consensos a qualquer preço e, para
lá do estabelecido na Constituição da República (a transição política chegou ao
fim) tendo em conta a organização do poder político do Estado, assente nos
princípios da interdependência e da separação de poderes dos órgãos de
soberania!
Não se deve porém, forçar/impôr, no imediato, uma
ruptura estrutural, por decretos de exonerações e de novas nomeações, numa
Instituição como as Forças Armadas de um país (facto que poderia ter
interpretações equivocadas, entre elas, como sendo um gesto de vingança) apenas
porque o país regressou à normalidade constitucional; apenas porque se impõe a
Reforma das Forças de Defesa e Segurança do país, sem ter em conta as
consequências e os impactos adversos que essas medidas podem ter no presente,
um presente que inviabiliza qualquer futuro.
As novas autoridades legitimadas pelo povo guineense
não devem descurar, sobretudo, a necessidade do diálogo, do debate
institucional e público, entre os guineenses.
Devem evitar imediatismos de posicionamentos como
reflexo de imposições e pressões externas, de quem nada fez para ajudar a
ultrapassar a crise despoletada pelo golpe de Estado de 12 de Abril de 2012; imposições
e pressões externas que podem comprometer a Missão, a Visão e os Objectivos da
complexa e, sem dúvida, necessária Reforma das Forças de Defesa e Segurança,
bem como, pôr em causa os ganhos até aqui conseguidos, tendo em conta a
estabilidade e a harmonização da sociedade política guineense.
Vamos com calma, o bom senso a isso recomenda!
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