O secretário-geral da Frente Revolucionária de
Timor-Leste Independente (Fretilin), Mari Alkatiri, afirmou hoje que a entrada
da Guiné-Equatorial na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) vai
ajudar a organização a tornar-se numa potência económica.
"Se quisermos fazer da CPLP uma potência
económica, esta entrada vai ajudar. Não tenho dúvidas nenhumas e se quisermos
generalizar o uso da língua portuguesa em outros países, essa entrada também
vai ajudar", afirmou Mari Alkatiri em entrevista à agência Lusa.
O antigo primeiro-ministro timorense alertou,
contudo, que é "preciso ter-se um certo cuidado na definição
estatutária".
"No fundo, o núcleo forte deverá ser sempre o
dos países de língua portuguesa, isso não poderá ser diluído porque a CPLP pode
perder a sua natureza, o seu carácter cultural e histórico para passar só à
valorização económica multicontinental", alertou.
Para Mari Alkatiri, o que se pretende é que a CPLP
"continue ligada à fronteira que é histórica e cultural" e que gera
os princípios da "identidade e solidariedade que ultrapassam o normal dos
países".
A Guiné-Equatorial é "bem-vinda",
salientou.
Timor-Leste assume pela primeira vez a presidência
da CPLP durante a cimeira de chefes de Estado e de Governo da organização que
se realiza a 23 de julho em Díli e que poderá ficar marcada pela entrada da
Guiné-Equatorial.
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