segunda-feira, 7 de julho de 2014

Governo apresentado por Simões Pereira gera onda de frustração


Sob a proposta do Primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira, o Presidente da República, José Mário Vaz, publicou esta sexta-feira, 4 de Julho, o decreto que nomeia os membros do Governo.

Ao contrário da Orgânica anteriormente aprovada pelo PAIGC, partido vencedor das eleições, o número dos membros do Governo subiu de 27 para 31, entre os ministros e Secretários de Estado.

Deste elenco governamental contam-se seis figuras que faziam parte do regime de Transição, entre as quais se destacam Daniel Gomes, que nos últimos dois anos, após o Golpe de 12 de Abril, esteve nos Ministérios dos Recursos Naturais e o da Energia, Indústria e Artesanato. Neste Governo, no meio de muitos sentimentos contestatários, regressou aos Recursos Naturais.

Mário Lopes da Rosa, que era Secretário de Estado das Pescas passa agora a assumir o Ministério dos Negócios Estrangeiros, da Cooperação Internacional e das Comunidades. Ele era o candidato de Domingos Simões Pereira nas primárias do partido para a Presidência da República, tendo sido derrotado por José Mario Vaz.

Dos responsáveis governamentais que transitaram do anterior Executivo destacam-se os nomes de António Serifo Embaló, Idelfrides Manuel Gomes Fernandes, Tomásia Manjuba e Carlos Nhaté. Uma nota ressalva ainda que o Governo constitucional ora nomeado e empossado apresenta seis mulheres nas aéreas da Defesa, Justiça, Saúde, Educação, do Orçamento e Assuntos Fiscais, assim como na área da Mulher, Família e Coesão Social.

O sentimento geral é de que a formação deste Governo, saído de muitas manobras de interesses políticos internos do PAIGC, representa uma frustração para o povo guineense. A quebra da expectativa assenta no facto de que o Primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira, apresentaria um Governo que colocasse fim ao clientelismo político, optando-se pela competência e honestidade.

Exigência que pouco se vê por parte de alguns membros que incluem este elenco Governamental, que para alguns analistas não passa de pagar «tachos» eleitorais e do oitavo Congresso do partido, que ocorreu este ano, em Cacheu, no norte da Guiné-Bissau.

Aliás, uma fonte bem colocada confirmou que a presente equipa governamental não reflecte o carácter político e a imagem do Primeiro-ministro, que «depois de se desfazer dos compromissos políticos espera poder, no espaço de um ano, efectuar uma remodelação que responda às expectativas eleitorais».

//PNN

1 comentário :

  1. este jogo de interesse continua adiar o pais numa prespectiva melhor porque fazer ingenheria de governo por causa de compromisso eleitoral so faz adiar o pais mais uma estamos na mesma dança do passado...!

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COMENTÁRIOS
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