Sob a proposta do Primeiro-ministro, Domingos Simões
Pereira, o Presidente da República, José Mário Vaz, publicou esta sexta-feira,
4 de Julho, o decreto que nomeia os membros do Governo.
Ao contrário da Orgânica anteriormente aprovada pelo
PAIGC, partido vencedor das eleições, o número dos membros do Governo subiu de
27 para 31, entre os ministros e Secretários de Estado.
Deste elenco governamental contam-se seis figuras
que faziam parte do regime de Transição, entre as quais se destacam Daniel
Gomes, que nos últimos dois anos, após o Golpe de 12 de Abril, esteve nos
Ministérios dos Recursos Naturais e o da Energia, Indústria e Artesanato. Neste
Governo, no meio de muitos sentimentos contestatários, regressou aos Recursos
Naturais.
Mário Lopes da Rosa, que era Secretário de Estado
das Pescas passa agora a assumir o Ministério dos Negócios Estrangeiros, da
Cooperação Internacional e das Comunidades. Ele era o candidato de Domingos
Simões Pereira nas primárias do partido para a Presidência da República, tendo
sido derrotado por José Mario Vaz.
Dos responsáveis governamentais que transitaram do
anterior Executivo destacam-se os nomes de António Serifo Embaló, Idelfrides
Manuel Gomes Fernandes, Tomásia Manjuba e Carlos Nhaté. Uma nota ressalva ainda
que o Governo constitucional ora nomeado e empossado apresenta seis mulheres
nas aéreas da Defesa, Justiça, Saúde, Educação, do Orçamento e Assuntos
Fiscais, assim como na área da Mulher, Família e Coesão Social.
O sentimento geral é de que a formação deste
Governo, saído de muitas manobras de interesses políticos internos do PAIGC,
representa uma frustração para o povo guineense. A quebra da expectativa
assenta no facto de que o Primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira,
apresentaria um Governo que colocasse fim ao clientelismo político, optando-se
pela competência e honestidade.
Exigência que pouco se vê por parte de alguns membros
que incluem este elenco Governamental, que para alguns analistas não passa de
pagar «tachos» eleitorais e do oitavo Congresso do partido, que ocorreu este
ano, em Cacheu, no norte da Guiné-Bissau.
Aliás, uma fonte bem colocada confirmou que a
presente equipa governamental não reflecte o carácter político e a imagem do
Primeiro-ministro, que «depois de se desfazer dos compromissos políticos espera
poder, no espaço de um ano, efectuar uma remodelação que responda às
expectativas eleitorais».
//PNN
este jogo de interesse continua adiar o pais numa prespectiva melhor porque fazer ingenheria de governo por causa de compromisso eleitoral so faz adiar o pais mais uma estamos na mesma dança do passado...!
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