O Presidente de Câmara Municipal de Bissau
(CMB) desmentiu que a razão do desabamento na Avenida Principal, da faixa que
liga Chapa ao centro da cidade, Avenida Combatentes da Liberdade de Pátria, se
deva à falta de limpeza regular dos tubos das águas ali existentes.
António Artur Sanhá afirmou que a construção da
referida avenida foi feita com pouca transparência, salientando que alguém terá
desviado o montante financiado para diminuir a largura da estrada ao longo de
todo o traçado.
«Com todo o respeito, nós não acusamos para fugir da
responsabilidade. Todos os guineenses souberam como foi feita a construção
daquela estrada. O que nós sabemos através dos nossos técnicos é que quando
estavam a construir a estrada mantiveram a estrutura subterrânea antiga, ou
seja, não foi renovada. Hoje em dia estão a dizer que o desabamento tem a ver
com a falta de limpeza por parte da CMB. Isso não corresponde à verdade, que
seja responsabilizado alguém e não a Câmara» disse Artur Sanha falando numa das
rádios privadas da capital.
O Presidente da Câmara de Bissau disse esperar que o
novo Executivo esqueça o passado e aposte na lealdade e coragem, tendo afirmado
que os guineenses gostam de falar de forma «barata» porque não são
responsabilizados quando ofendem alguém como pessoa ou instituição. Esta é a
razão pela qual a calúnia e difamação são usadas como «desporto» na
Guiné-Bissau.
Na semana passada o ministro das Obras Publicas
Construção e Urbanismo, António Cruz Almeida, disse, em conferência de
imprensa, que a falta de limpeza regular dos canais causou o desabamento do
local em causa.
«Aquele sítio encontra-se praticamente ao pé do
mercado de Bandim. O mercado de Bandim é um sítio que fabrica muitos lixos por
isso a falta de intervenção pontual na limpeza dos tubos obrigou ao desabamento»,
disse o governante.
De recordar que a obra de construção da Avenida dos
Combatentes da Liberdade da Pátria foi suportada financeiramente pelo Banco
Oeste Africano para o Desenvolvimento (BOAD), FAIR/UEMOA e o então Governo da
Guiné-Bissau, chefiado por Carlos Gomes Júnior tendo como o ministro das
Infra-estruturas António Cruz Almeida, actual ministro da tutela no governo de
Simões Pereira.
A obra foi executada pela empresa AREZKI em 2010 e
devia ter durado 13 meses mas acabou por durar 16 meses de trabalho, tendo sido
inaugurada em 2011 pelo falecido Presidente da República, Malam Bacai Sanhá.
//PNN
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