Guiné-Bissau, detidos agentes de polícia implicados na morte de um cidadão nacional

Quatro agentes da Policia da Ordem Publica alegadamente implicados no espancamento até a morte de um cidadão nacional, de nome Etchem Mendes, no passado dia 19 do corrente mês, no bairro de São Paulo, encontram-se sob custódia das autoridades.

O anúncio foi feito hoje à imprensa pelo porta-voz do Ministério da Administração Interna, Tenente-Coronel Dr. Samuel Fernandes.

Tenente-Coronel Dr. Samuel Fernandes sublinhou que o interesse do povo deve estar acima de tudo, acrescentando que o Ministério da Administração Interna está disposto em colaborar com as instituições reguladoras dos direitos humanos no combate a violência.

“É necessário criar um clima de paz e de estabilidade no país. Nesta ordem de ideia, temos que mostrar ao povo guineense a força e vontade no sentido de fazer da Guiné uma nação segura”, sugeriu Tenente-Coronel Dr. Samuel Fernandes.

Apelou igualmente aos cidadãos no sentido de respeitarem as ordens dos agentes polícias com a finalidade de facilitar o trabalho e de evitar as futuras consequências negativas.

Por sua vez, o Presidente do Movimento Nacional da Sociedade Civil Jorge Gomes, disse que os agentes de polícias devem ter mais cuidado nos momentos das suas acções, acrescentando, a título de exemplo, que devem recorrer sempre as formas mais suaves de neutralizar uma pessoa isto é, sem uso de armas e sem espancamentos.

Segundo a Liga Guineense dos Direitos Humanos, “Etchem Mendes foi barbaramente espancado acabando mesmo por falecer em consequência dos espancamentos feito por agentes da Policia de Ordem Publica, na noite do dia 19 de Setembro, num bairro periférico de Bissau.

“Etchem Mendes foi interpelado com a ordem de detenção por um grupo de agentes armados e afectos à Polícia de Ordem Pública, sem qualquer mandado emitido pelas autoridades competentes. Na tentativa de questionar as razões da sua detenção foi barbaramente espancado pelos mesmos, tendo acabado por falecer no mesmo dia em consequência das agressões infligidas”, refere a Liga num comunicado.

O comunicado ainda denuncia que os supostos autores desse crime tentaram esconder o cadáver do homem que, só foi entregue à família dois dias apos a morte.