terça-feira, 18 de novembro de 2014

Regras de "Sã convivência entre os povos" na Guiné-Bissau

 Embora não aceite, nem concorde, com qualquer tipo de tratamento displicente, para com ninguém, o IDB declara a sua tolerância em relação a qualquer pessoa que, perante um ato concreto reprovável, cometido por um indivíduo de Etnia Balanta, censure este, individualmente, como responsável pelo ato.

 Mas, também, declara, com toda a veemência, que não tolera qualquer tipo de generalização de atos individuais, com intenção de atingir, negativamente, toda a Etnia Balanta, no seu conjunto, a qual, como é sabido, se rege, segundo a Tradição, por princípios de respeitável dignidade e nobreza.

 Assim como respeitamos os outros e o seu Grupo Étnico, assim, também, queremos que os outros nos respeitem a nós, quer individualmente, quer enquanto Grupo Étnico, porque essa é a postura social que permite que a Paz reine, na sociedade Guineense, e em todo o País, como um bem precioso, essencial ao Desenvolvimento saudável da Guiné-Bissau.

 Exigir a reposição da Verdade, sempre que, por erro de um individuo, se verifique um facto público, que configure a imputação genérica de um ato individual como se fosse um erro do conjunto do Grupo Étnico.

 A necessidade de repor a verdade deriva do facto de que o nosso País é composto por vários Grupos Étnicos, que merecem respeito por igual.

 Se os Balantas não têm por hábito apontar o dedo acusador contra nenhuma Etnia, por erro cometido por qualquer indivíduo dessa mesma Etnia, é justo esperar que os indivíduos de outros Grupos Étnicos não apontem, também, o dedo, genericamente, contra a Etnia, mas apenas contra o indivíduo, que tenha praticado o ato censurável, seja ele Balanta ou de outro Grupo Étnico. 

 Todo o País sabe, e o Mundo também, que, por exigência da sua cultura tradicional, os Balantas nunca acusam, nem atacam ninguém, com leviandade, pois isso é visto como sinal de fraqueza  detestável, uma desonra e uma infâmia que deve ficar com quem o pratique.

 O nosso País deve funcionar, à base da legalidade e sentido ético, no respeito dos Valores fundamentais e dos bons Princípios sociais.

 Para que estes Valores e Princípios se instalem no nosso País, de modo a influenciar, positivamente, a convivência normal dos seus Cidadãos e destes com qualquer Estrangeiro, que se encontre no País, o IDB  deverá provocar o Povo Guineense, interpelando-o, para que não diga ou faça o que não deve.

 O IDB deve incentivar o Povo Guineense, qualquer que seja a sua Etnia, para adotar boas práticas sociais, no relacionamento uns com os outros, para tornar a Sociedade Guineense cada vez melhor, no seu trato mútuo, sem ofensas de qualquer natureza, sem intenção maldosa, porque são os bons sentimentos de Cidadania que tornam a Sociedade melhor, abrindo o caminho para o seu Desenvolvimento Saudável, quer do ponto de vista humano, quer económico e político.

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