O Estado Maior General das Forças
Armadas pretende demonstrar o grau de responsabilidade dos militares no
processo de desenvolvimento durante as celebrações de mais um aniversário do
Dia dos Heróis Nacionais e do início da luta de libertação nacional.
O número dois da armada guineense
aconselhou aos efetivos militares mais jovens a estudarem “para que os seus
futuros sejam diferentes”.
Quem falou também foi o conselheiro do
Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas para assuntos sociais, Mussa
Djata, que afirmou, que os veteranos da luta de libertação nacional não
souberam aproveitar os ideais do Engenheiro Amílcar Cabral.
O Brigadeiro General falava a imprensa
na abertura de uma palestra promovida pelo Estado-Maior da Armada (Marinha),
alusiva aos dias 20 (dia dos Heróis Nacionais) e 23 de Janeiro (início da luta
armada contra o regime colonial português).
A palestra que decorreu nas instalações
da Marinha de Guerra Nacional sob o lema “o papel das Forças Armadas
Revolucionárias do Povo nos Programas Mínimo e Maior, Amílcar Cabral, homem de
todos os tempos e do Mundo”, juntou militares de diferentes unidades da cidade
de Bissau.
Presidindo a cerimónia de abertura do
evento, Mussa Djata destacou o papel preponderante de Amílcar Cabral na criação
do Estado guineense e de alguns países africanos. Avançou ainda que Cabral é
uma figura de todos os tempos, reconhecido não só a nível nacional mas também a
nível internacional.
Djata afirmou que os jovens soldados não
fizeram a luta só por fazer mas sustentou que havia razões fortes que os
motivaram a pegarem em armas na luta pela independência e consequente
libertação do povo da escravatura e do sofrimento dos colonialistas portugueses
“As forças armadas escreveram histórias
bonitas pelo povo e o povo tinha o orgulho do seu exército. Infelizmente essa
história foi defraudada pelos sucessivos golpes de Estado, ou seja, instabilidades
que levaram o povo a ter o medo dos militares. Se os veteranos da luta tivessem
aproveitado os ideais de Amílcar Cabral, o país não ia estar na situação em que
hoje se encontra”, lamentou.
Instou igualmente aos seus colegas
militares a não aceitarem ser mais uma vez influenciados pelos políticos a
fazer golpe ou criar a instabilidade no país para que depois venham assumir a
governação.
“Juramos defender o povo e a nossa
integridade territorial, portanto devemos cumprir com o nosso juramento. Também
devemos regressar aos quartéis e nos submeter ao poder político que foi
democraticamente eleito pelo povo” disse.
Brigadeiro General pediu aos jovens
militares a optarem pela formação para que possam auto- orientar-se. Revelou
que vai propor ao Chefe de Estado-Maior a seleção de jovens quadros em
diferentes unidades militares que serão integrados nos serviços dos assuntos
sociais das forças armadas com vista a cumprir com a ética militar.
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