terça-feira, 17 de março de 2015

A Guiné-Bissau e o dinheiro que não tem...

Por, Dr. Fernando Casimiro (Didinho)

Antes uma Guiné-Bissau endividada por razões que têm a ver com financiamentos para implementação de Programas de Desenvolvimento Estratégico, devidamente sustentados/justificados e concretizados, a bem do país, quiçá, em benefício das populações, do que, a repetição de "basófias políticas" de não se assumir endividamentos, na ausência de Programas de Desenvolvimento Estratégico, mas na promoção e efectivação de "Políticas de Mendicidade" alegadamente em nome do povo guineense e tendo como argumento a "pobreza", políticas essas que apenas serviram (e têm servido ainda uns tantos) os propósitos das elites do poder.

Antes pedir emprestado, com responsabilidade e transparência (dar conhecimento ao nosso povo) negociando o melhor para o país e para as nossas populações, tendo em conta vantagens e desvantagens; ganhos e perdas, mas sabendo para que fins se destinam os empréstimos e focando na sua melhor utilização para o cumprimento do estabelecido nos Programas de Desenvolvimento Estratégico, do que, em nome do País e de todos nós, guineenses, uns e outros, por confundirem os seus papeis/estatutos, enquanto servidores do Estado, com poderes de Governação em nome de uma representação do povo que os elegeu, pedirem "diariamente" milhões e milhões, a países e parceiros de Desenvolvimento, alegadamente, para isto ou aquilo... sem nenhum enquadramento, na ausência de qualquer Programa de compromisso, em nome do Estado... o que facilita a vida às elites do poder, que assim, vão pedindo milhões a terceiros, alegadamente, repito, em nome do país e do nosso povo, mas cujos benefícios, vão parar às contas bancárias dessas elites do poder e não na materialização de Programas de Desenvolvimento para o país, quiçá, promotoras do bem-estar das populações.

A Guiné-Bissau não tem dinheiro, e não tendo dinheiro, tem que negociar empréstimos e promover a captação de investimentos, o que, é compreensível, para tentar implementar o seu Programa de Desenvolvimento Estratégico, traçado no intuito de permitir obter crescimento económico satisfatório que lhe garanta o pagamento em tempo negociado, das dívidas contraídas, e a impulsão da sua economia, sem necessidade de novos empréstimos.

Ao longo de 42 anos de independência, milhões de milhões de dólares em forma de ajuda e cooperação foram doados, supostamente, à Guiné-Bissau e aos guineenses... Infelizmente, as evidências demonstram claramente que na ausência de Programas de Desenvolvimento Estratégico, assentes em compromissos, responsabilidades e responsabilizações, todo o apoio em forma de dinheiro destinado à Guiné-Bissau e aos guineenses, é desviado por uns e outros, os tais que confundem servir o país e o povo, com servir-se do país e do povo...

É preciso dignidade, coragem, humildade, realismo, perseverança e otimismo para mudar tudo o que continua a constituir força de bloqueio para a afirmação da Guiné-Bissau e o bem-estar dos guineenses.

O actual Governo tem feito até aqui (pese embora algumas falhas, o que já era de se esperar, mas que não lhe retiram mérito de boa governação "condicionada") um trabalho merecedor de confiança e de apoio, de todos os cidadãos interessados no melhor para o nosso País e para o nosso povo!


Nota: Os artigos assinados por amigos, colaboradores ou outros não vinculam a IBD, necessariamente, às opiniões neles expressas.

2 comentários :

  1. Areolino Lopes da Cruz Justamente - TUDO A MODA GUINEENSE, uns por inveja e outros por covardia! Estao a tentar por em causa a ligitimidade e transparencia do seu compromisso com a causa guineense, sobretudo por gentes que nao movem, se quer, uma palha e o melhor que sabem fazer eh apontar o que esta correto ou errado segundo a visao deles. Para tirar essa gente da cena, uma vez por toda eh bofetada, mas botefata mesmo, sem mao.

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  2. Dr. Fernando Casimiro??????!!!!!

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COMENTÁRIOS
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