sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Guiné-Bissau, o partido democrático para o desenvolvimento (PDD), apela à calma a sociedade civil, à população e à juventude guineense pela situação política que se vive no País

Nota de Imprensa

Em consequência da situação política que se vive no País, causada pelo difícil relacionamento entre o Presidente da República e o Primeiro-Ministro que conduziu à demissão do Governo, ontem, 12 de agosto de 2015, o Partido Democrático para o Desenvolvimento (PDD), tendo em conta o clima de tensão existente, reuniu de urgência a sua Comissão Política Nacional, para um posicionamento quanto à questão da demissão do Governo e as eventuais consequências que possa trazer ao País.

Na sequência desta reunião, a Comissão Política, na linha da nota de imprensa do passado dia 6 de agosto, quando se instalou a situação que agora culminou na queda do Governo, vem apelar à serenidade e moderação na condução do problema, privilegiando o diálogo como meio por excelência para ultrapassar o conflito existente.

Apela ainda ao alto sentido de Estado às personalidades envolvidas no processo, nomeadamente, o Presidente da República, a Assembleia Nacional Popular e o Primeiro-Ministro, porquanto neste momento é preciso defender os interesses do País e do povo.

É preciso no entanto reconhecer que a responsabilidade pela situação que hoje se vive no país é, em primeiro lugar, dos titulares dos órgãos da soberania, que não souberam usar da moderação, da humildade, decidindo pelo extremar de posições face a um problema que claramente, atento às declarações dos mesmos, podia ser ultrapassado com toda a facilidade, bastando ter um pouco de noção do Estado e pôr em primeiro lugar os interesses da população, não os pessoais e dos respetivos correligionários.

Mais uma vez, apelamos à calma a sociedade civil, à população e à juventude, particularmente, pois a situação impõe de todos nós um grau de responsabilidade acrescido e um posicionamento claro sobre o interesse que deve primar na resolução de questões do Estado.

Face à realidade que se vive, ao PAIGC e ao seu Presidente, apelamos que demonstrem, tal como vêm reclamando nestes últimos dias, serem dignos libertadores da pátria, e por isso, saberem pôr o País em primeiro plano, abdicando de extremar posições e de confrontos que possam agudizar a situação do País, cujos contornos são imprevisíveis.

Ao Presidente da República, na qualidade do Primeiro Magistrado da Nação, e garante da estabilidade nacional, que não deixe de considerar todas as hipóteses na resolução do problema aberto, desde que discutidas com franqueza e possam efetivamente dar um outro alento à governação e ao País.

Todos os envolvidos devem saber fazer cedências e deixar um espaço aberto para o diálogo, o que lhes impõe uma abstenção de uso de linguagem que possam colocar em causa esta possibilidade, pelo que exortamos ainda aos Senhores Deputados que o debate incida na forma de encontrar uma solução para o problema e não o contrário.

Feito em Bissau, aos 13 dias do mês de agosto de 2015.

A Comissão Política Nacional
Policiano Gomes

Presidente

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