segunda-feira, 7 de setembro de 2015

O Presidente da República da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, pediu ao novo governo para combater a corrupção e dedicar-se ao trabalho

O Presidente da República da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, pediu hoje o novo governo para combater a corrupção e dedicar-se ao trabalho. O Chefe de Estado falava durante a cerimónia de investidura do novo elenco governamental constituído por 30 elementos, dos quais, 15 ministérios e 15 secretarias de Estado.

A cerimónia do empossamento de novo Governo chefiado por Baciro Dja, foi testemunhada por segundo vice-presidente da Assembleia Nacional Popular, Alberto Nambeia; presidente do Tribunal de Contas, Vasco Manuel Evangelista Biaguê; Chefias militares, Conselheiros do Presidente da República, corpos diplomáticos e representantes das organizações internacionais.

José Mário Vaz disse no seu discurso que acredita nas capacidades dos membros deste governo bem como deposita a confiança no seu patriotismo e determinação em ajudar o país e o povo a sair da situação difícil em que se encontra na base de respeito e zelo pela coisa pública.

“Estou convicto, pois, que esta equipa, com algumas figuras muito experimentadas, liderada por Baciro Dja, irá eleger como uma das suas prioridades a luta sem trégua contra a corrupção e o amor ao trabalho. A luta tem que deixar de ser um simples discurso politicamente correcto para se transformar na conduta de cada um, em cada momento e em qualquer lugar”, assegurou o Chefe de Estado.

O estadista guineense reconheceu que “no país tudo está por fazer e tudo é prioritário. Contudo, realçou que a Guiné-Bissau é também um país de oportunidades.

“Temos recursos que, bem geridos, podem assegurar-nos um desenvolvimento rápido, durável e sustentável. Os nossos recursos naturais, nomeadamente os florestais e os pesqueiros. Insisto mais uma vez, não devem ser explorados de forma desenfreada, visando, quiçá, o enriquecimento imediato de meia dúzia de pessoas, só por terem a oportunidade de serem, num dado momento, gestores da coisa pública, coisa de todos nós”, advertiu.

Por seu turno, o primeiro-ministro, Baciro Dja disse na sua comunicação que se deve criar as condições objetivas e subjetivas para assegurar o normal funcionamento das instituições, a começar pelo espaço cimeiro do executivo nacional. Acrescentou ainda que o governo que lidera pautará pelo respeito dos preceitos constitucionais que regem o relacionamento entre Primeiro-ministro, Presidência da República, Assembleia Nacional popular e Poder Judicial.

Assegurou que a estabilização de normalidade institucional exige a institucionalização das práticas governativas, tendo lembrado que “actual coligação que sustenta o governo resulta de um acordo político devidamente estabelecido e não de uma parceria assumida como simples expediente com o Partido da Renovação Social (PRS) ou outro partido, mas sim trata-se de uma aliança sancionada por um reconhecimento formal pelas autoridades judiciais nacionais”.

Ainda não tomaram posse três membros do governo designadamente, O ministro dos Negócios Estrangeiros (de viagem no esterior) e secretários de Estado do tesouro e do Turismo, segundo apurou O Democrata.

De realçar que o presidente do Supremo Tribunal não tomou parte na cerimónia do empossamento do novo governo que teve lugar esta tarde no Palácio da República, em Bissau.


De referir que a nomeação de Baciro Dja, terceiro vice-presidente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), pelo presidente da República, foi contestada pelo seu próprio partido liderado por Domingos Simões Pereira, entretanto demitido das funções no passado dia 12 de agosto.

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