Quem parte de pressupostos errados chega, inevitavelmente, às conclusões erradas. E quem não tem a paciência e sangue frio para analisar e estudar os fenómenos, corre os riscos de cometer o mesmo erro várias vezes. Por isso, seja atento e calmo na abordagem dos assuntos ou temas, sejam eles de que natureza for! Não andes demasiadamente depressa porque a pressa é inimiga da perfeição.Engana-se muito quem pensa que, para um bom observador, basta meio sinal. Cuidado ( ...) as aparências iludem! Muitos foram os que cometeram erros (grosseiros), de cálculos e quando chegou o arrependimento já era tarde de mais. Não queira ser igual a um deles, por isso, estude bem as suas lições da natação nas suas horas livres e antecedentes, para não ter que fazê-lo quando estiver afogar-se. - Dr. Daba Naualna
Era uma vez um casal (homem e mulher,
como é natural, filhos de fazendeiros nascidos na fazenda e lá viveram para o
resto das suas vidas) decidiu levar a sua vida longe da civilização urbana.
Raras vezes saiam da quinta para uma pequena cidade que ficava a 20 quilómetros
de distância. Uma dessas poucas vezes foi quando, por determinação do
conservador do registo civil, que recusou-se a ir casa-lo na sua quinta, o obrigou
a percorrer para esse efeito, a distância acima indicada.
Como é natural, deste casamento nasceu
um filho que o casal estimara e amara acima de todas as coisas, a tal ponto
que, por deliberação unânime, decidiu enclausura-lo dentro da mansão, morada da
família, como forma de o manter longe das influências dos seus colegas das
tabancas circunvizinhas e, ao mesmo tempo, protegê-lo contra os ataques da
bicharada que pela quinta era abundante.
A única forma desse menino se comunicar
com o mundo exterior era através da janela do seu quarto que se lhe abria, de vez
em quando, para receber o ar e raios solares, tão indispensáveis para a sua
saúde. Para a maior desgraça desse menino enclausurado, em frente da janela do
seu quarto havia um enorme charco que se perdia no horizonte. Tal charco era a
única coisa que ele sabia existir no mundo exterior, para além da mansão onde
se encontra detido.
Farto de ver o mesmo cenário todos os
dias e convencido que lá fora era todo um grande charco, decidiu que jamais
queria ver o mundo através da única via que lhe era disponível: a janela do seu
quarto, porque para ele o mundo todo era o que lhe parecia ser.
Tristemente, a criança em causa não
sabia que, para além do charco em frente da sua janela, o mundo lá fora tem
muitas maravilhas que valham a pena conhecer.
Tal como esta criança, assim funcionam
algumas mentes minadas de preconceitos que, enclausuradas nos seus valores
culturais, ignoram, por força da sua blindada ignorância, a cultura de outrem e
facilmente rotulam-na com a etiqueta de algo inferior.
Por isso te peço, não condenes sem
conhecer! Não se julgue superior ao seu semelhante e nem subestime o valor do
seu semelhante!
Nota: Os artigos assinados por amigos,
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