O Secretário de Estado do Ambiente, Seco
Cassamá, disse ontem terça-feira, 17 de Novembro, que a floresta de Cantanhez é
a barreira natural face às mudanças climáticas em direcção ao sul do continente
africano.
Cassamá falava na cerimónia de
assinatura do projecto “Reforço do Quadro Financeiro e Operacional do Sistema
Nacional das Áreas Protegidas na Guiné-Bissau”, entre o Instituto da
Biodiversidade e das Áreas Protegidas (IBAP) e o Programa das Nações Unidas
para o Desenvolvimento (PNUD) realizada na sede do IBAP.
Seco Cassamá acrescentou que o governo
da Guiné-Bissau, com apoio dos seus parceiros, tem feito progressos
significativos para enfrentar as ameaças à biodiversidade, através da protecção
das áreas críticas do modelo de conservação assente no sistema nacional de
áreas protegidas.
“O modelo de financiamento das áreas
protegidas existentes actualmente no país é baseado num conjunto de projectos
de curto prazo, o que não garante a durabilidade da sua gestão ao longo da sua
implementação” notou.
Este responsável pela pasta do Ambiente
assegurou que o projecto ora assinado é consistente e está em total consonância
com planos, politicas e prioridades nacionais definidos pelo governo da Guiné-Bissau,
nomeadamente o plano de gestão ambiental, a estratégia e plano de acção
nacional para a diversidade biológica, áreas protegidas e a conservação da
biodiversidade 2014-2020, no âmbito do objectivo estratégico para o
fortalecimento institucional.
A Representante Residente do Programa
das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Maria do Vale Ribeiro,
sublinhou que actualmente na Guiné-Bissau, o sistema nacional das áreas
protegidas cobre cerca de quinze por cento (15%) do território nacional.
“A rede das áreas protegidas da
Guiné-Bissau conta actualmente com seis parques marinhos e costeiros, em
matéria de conservação e gestão dos recursos naturais e constituem uma das
maiores conquistas do país” revelou.
Maria do Vale Ribeiro explicou que nos últimos
20 anos, o meio ambiente tem tido um papel marginal, e hoje é um tema integral
e universal. Tendo adiantado que a sustentabilidade do meio ambiental é um
desafio para o governo da Guiné-Bissau e seus parceiros.
“Precisamos erradicar a pobreza de forma
irreversível, ter no ponto central da agenda de desenvolvimento a busca pela
dignidade humana e o crescimento económico, sem agredir os recursos naturais”.
De recordar que este projecto pretende
consolidar os resultados já alcançados pelo governo no domínio da conservação
da biodiversidade na Guiné-Bissau, resultados esses que sempre contaram com
apoio técnico e financeiro do PNUD e outros parceiros de desenvolvimento do
país e tem a duração de quatro (4) anos. Com Odemocrata
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