Bissau (Lusa, 16 de Outubro de 2012) -
O procurador-geral da República da Guiné-Bissau, Abdu
Mané, defendeu
hoje uma “melhoria substantiva” na legislação penal da justiça militar
do país, que diz estar “inadequada e ultrapassada”.
A posição de Abdu Mané foi defendida num simpósio subordinado ao tema
“Justiça Criminal na Guiné-Bissau”, patrocinado pela UNIOGBIS (gabinete
integrado das Nações Unidas para a consolidação da paz na Guiné-Bissau)
que decorre hoje e quarta-feira em Bissau.
No seu discurso de abertura do simpósio, o procurador-geral guineense
disse que a legislação penal militar, cujo quadro normativo data de
1993, precisa de ser adaptada à nova realidade.
Abdu Mané exemplificou com uma lei de
1978 que reformula algumas disposições da justiça militar, e que, “além
de se apresentar ultrapassada, contém critérios duvidosos na
determinação dos chamados crimes de natureza militar, o que não permite
destrinçar a jurisdição penal comum e a jurisdição militar”.
“Estas situações dificultam um coerente e eficaz combate ao crime”, observou ainda o procurador-geral guineense.
O presidente do Tribunal Superior Militar, Eduardo Sanhá, não
discordou da opinião do procurador-geral, mas lembrou que a justiça
militar “é uma estrutura importante” no Estado de direito democrático.
“Eu, como conhecedor da justiça militar e da realidade da justiça
militar penso que é um pilar da Justiça num estado democrático”,
sublinhou Eduardo Sanhá, que confirmou também que o primeiro-ministro
deposto no golpe de Estado de abril passado, Carlos Gomes Júnior
apresentou uma queixa-crime contra o chefe das Forças Armadas, António
Indjai.
“Na promotoria militar deu entrada uma queixa-crime contra o chefe do
Estado-Maior das Forças Armadas. Eu, enquanto presidente não conheço os
pormenores da queixa-crime. A promotoria, como entidade independente,
vai apreciar o caso e depois decidir o que fazer”, disse Eduardo Sanhá.
Sobre o simpósio, o responsável militar afirmou que é uma
oportunidade para a troca de pontos de vista entre os civis e os
militares sobre a legislação penal do país.
Para Abdu Mané, o simpósio servirá como rampa de lançamento para uma reforma da legislação penal no país.
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