Jogos perigosos
12 de Novembro,
2012
Camões, faminto de tudo, até
de pão, na hora da partida desta vida, descontente, ainda foi capaz
de um último grito de amor. Morreu sem nada, mas com a sua ditosa e
amada pátria no coração. Ele que sofreu as agruras do exílio e
foi emigrante nas sete partidas, escorraçado pelos que se enfeitavam
com a glória de mandar e a vã cobiça, morreu no seu país.
O mais
universal dos poetas de língua portuguesa deixou-nos uma obra que é
o orgulho de todos os que falam a doce e bem-amada língua de Camões.
Mas também deixou, seguramente por querer, a marca das elites
nacionais que o desprezaram e atiraram para a mais humilhante
pobreza. O seu poema épico acaba com a palavra Inveja. Desde então,
mais do que uma palavra, esse é o estado de espírito das elites
portuguesas que não são capazes de compreender a grandeza do seu
povo e muito menos a dimensão da sua História.
Nós em
Angola aprendemos, desde sempre, o que quer dizer a palavra que fecha
o poema épico, com chave de chumbo sobre a masmorra que guarda
ciosamente a baixeza humana. A inveja moveu os primeiros portugueses
que chegaram à foz do Rio Zaire e encontraram gente feliz, em
comunhão com a natureza. Seres humanos que apenas se moviam para
honrar a sua dimensão humana e nunca atrás de riquezas e honrarias.
A inveja fez
mover os invasores estrangeiros nesta imensa terra angolana. Inveja
foi o combustível que alimentou os beneficiários da guerra
colonial. Inveja foi o estado de alma de Mário Soares quando entrou
na reunião do Conselho da Revolução, que discutia o reconhecimento
do novo país chamado Angola, na madrugada de 10 para 11 de Novembro
de 1975. Roído de inveja e de cabeça perdida porque a CIA não
conseguiu fazer com êxito o seu trabalho sujo contra Angola, disse
aos conselheiros, Capitães de Abril: não vale a pena reconhecerem o
regime de Agostinho Neto porque Holden Roberto e as suas tropas já
entraram em Luanda. Uma mentira ditada pela inveja e a vã cobiça.
A inveja alimentou em Portugal o ódio contra Angola todos estes anos de Independência Nacional. E já lá vão 37! Os invejosos e ingratos para com quem os quer ajudar estão gastos de tanto odiar. Que o diga a chanceler Ângela Merkel, que ajudou a salvar Portugal da bancarrota, mas é todos os dias insultada. Recusam aceitar que foram derrotados depois de alimentarem décadas de rebelião em Angola, de braço dado com as forças do “apartheid” de uma África do Sul zelosa guardiã da humilhação de África.
As elites políticas portuguesas odeiam Angola e são a inveja em figura de gente. Vivem rodeadas de matilhas que atacam cegamente os políticos angolanos democraticamente eleitos, com maiorias qualificadas. Esse banditismo político tem banca em jornais que são referência apenas por fazerem manchetes de notícias falsas ou simplesmente inventadas. E Mário Soares, Pinto Balsemão, Belmiro de Azevedo e outros amplificam o palavreado criminoso de um qualquer Rafael Marques, herdeiro do estilo de Savimbi.
A inveja alimentou em Portugal o ódio contra Angola todos estes anos de Independência Nacional. E já lá vão 37! Os invejosos e ingratos para com quem os quer ajudar estão gastos de tanto odiar. Que o diga a chanceler Ângela Merkel, que ajudou a salvar Portugal da bancarrota, mas é todos os dias insultada. Recusam aceitar que foram derrotados depois de alimentarem décadas de rebelião em Angola, de braço dado com as forças do “apartheid” de uma África do Sul zelosa guardiã da humilhação de África.
As elites políticas portuguesas odeiam Angola e são a inveja em figura de gente. Vivem rodeadas de matilhas que atacam cegamente os políticos angolanos democraticamente eleitos, com maiorias qualificadas. Esse banditismo político tem banca em jornais que são referência apenas por fazerem manchetes de notícias falsas ou simplesmente inventadas. E Mário Soares, Pinto Balsemão, Belmiro de Azevedo e outros amplificam o palavreado criminoso de um qualquer Rafael Marques, herdeiro do estilo de Savimbi.
Os angolanos
estão em festa pela Independência Nacional. Em Portugal, a nova
Procuradora-Geral da República foi a Belém onde deve ter explicado
a Cavaco Silva as informações que no mesmo dia saíram na SIC
Notícias e no “Expresso”, jornal oficial do PSD, que fizeram
manchetes insultuosas e difamatórias visando o Vice-Presidente da
República, Manuel Vicente, que acaba de ser eleito com mais de 72
por cento dos votos dos angolanos. Militares angolanos com o estatuto
de Heróis Nacionais e ministros democraticamente eleitos foram
igualmente vítimas da inveja e do ódio do banditismo político que
impera em Portugal, neste 11 de Novembro, o Dia da Independência
Nacional. A PGR portuguesa é amplamente citada como a fonte da
notícia. A campanha contra Angola partiu do poder ao mais alto
nível. Mas como a PGR até agora ficou calada, consente o crime. As
relações entre Angola e Portugal são prejudicadas quando se age
com tamanha deslealdade. A cooperação é torpedeada quando um ramo
mafioso da Maçonaria em Portugal, que amamentou Savimbi e acalenta o
lixo político que existe entre nós, hoje determina publicamente o
sentido das nossas relações, destilando ódio e inveja contra os
angolanos de bem. Da boca para fora, são sempre amigos de Angola e
dos angolanos, da Alemanha e dos alemães. Enchem os bornais de
dinheiro, à custa de Angola, comem à custa da Alemanha. Sobrevivem
à miséria, usando como último refúgio a antiga “jóia da
coroa”, feliz expressão do capitão de Abril Pezarat Correia. Mas
na hora da verdade, conspiram e ofendem angolanos e alemães, usando
a sua máquina mediática.
“De sorte
que Alexandre em nós se veja,/ sem à dita de Aquiles ter inveja.”
Estes são os dois últimos versos de Camões no seu poema épico. Os
restos do império, que estrebucham na miséria moral, na corrupção
e no embuste, deviam render-se à evidência. Angola não é um
joguete! Nós somos Aquiles! Tão grandes e vulneráveis como ele.
Mas não tenham Inveja do nosso êxito, porque fazemos tudo para
merecê-lo.
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