A chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton,
condenou na segunda-feira os ataques "contra a Embaixada da Nigéria e
cidadãos nigerianos" na Guiné-Bissau, assim como "os atos de
violência de indivíduos das forças armadas e de segurança contra cidadãos
guineenses".
"Esses atos de violência vão contra o Estado de
direito e o respeito dos direitos humanos e das liberdades fundamentais",
refere Catherine Ashton em comunicado.
"Todos os esforços devem ser empreendidos para
que os autores sejam responsabilizados e para que a violência não se volte a
repetir", acrescentou.
A posição foi hoje expressa em comunicado depois de na
última terça-feira uma multidão em fúria ter apedrejado o edifício daquela
representação diplomática na capital da Guiné-Bissau.
No mesmo dia, um cidadão nigeriano foi espancado até à
morte num bairro periférico de Bissau.
Os dois casos aconteceram na sequência de rumores
lançados na capital segundo os quais havia nigerianos a raptar crianças
guineenses e a traficar órgãos humanos.
No mesmo comunicado, Ashton reitera "firme apoio
aos esforços contínuos da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental
(CEDEAO), da Organização das Nações Unidas (ONU), da União Africana, da
Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) e de todos aqueles que se
esforçam para que a transição decorra num clima pacífico".
A responsável europeia espera que o período de
transição "seja concluído o mais rapidamente possível através de eleições
inclusivas e credíveis, no intuito de criar as bases sólidas de uma democracia
estável e pacífica na Guiné-Bissau".
A esse respeito, a alta representante aguarda
"com muita expectativa" o anúncio do calendário eleitoral, "como
prometido pelas autoridades de transição", conclui.
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