Ministro das Relações Exteriores negou perante corpo diplomático haver perseguição do Islão em Angola
O ministro angolano das Relações Exteriores,
Georges Chikoti, negou sexta-feira, em Luanda, a existência de uma política do
governo para perseguir o Islão.
O
ministro falava após notícias de que foram destruídas em Angola pelo menos 60
mesquitas.
Segundo
Chicoty, a destruição está meramente ligada a procedimentos administrativos
relacionados, como a lei que requer o reconhecmento oficial de uma religião
antes de poderem operar.
Mas
responsáveis muçulmanos afirmam que as palavras do ministro não tem qualquer
consistência, atendendo ao que acontece no terreno
David
Fungula, vice-presidente daquela comunidade religiosa, reagiu já às declarações
do chefe da diplomacia angolana, acusando Jorge Chikoty de ter mentido e de ter
tido um discurso sem consistência.
“Eu
não posso dizer que o senhor ministro não mentiu, o senhor ministro claudicou”,
disse Fungula.
Aquele
responsável disse que até organizações de caridade dos muçulmanos são
rejeitadas.
“Essas 8 organizações maioritariamente são
organizações filantrópicas e nem elas são aceites,” adiantou.
As
organizações são a Comunidade Islâmica de Angola, Fundação Islâmica de Angola,
Aliança Muçulmana de Angola, Centro Islâmico de Documentação, Liga Islâmica em
Angola, Associação Beneficiante de Angola, Associação das Mulheres Muçulmana em
Angola, Em nome de Alá e O Clemente e Misericórdias.
Por
último, David Fungula reitera haver perseguição por parte do executivo
angolano.
“Quando
uma ministra afirma nos órgãos públicos que o Islão não faz parte da nossa
cultura as entidades não podem vir refutar que não estão contra o islão”
concluiu.
//Voa
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