A
Polícia Judiciária guineense remeteu hoje, segunda-feira, a conclusão da sua
audição feita ao empresário supostamente envolvido no caso do tráfico de 74
sírios que viajaram de Bissau para Lisboa, com passaportes turcos.
Trata-se
de Calido Baldé, um empresário guineense de 51 anos de idade, soube a
GBissau.com de uma fonte da PJ, entretanto, não autorizada a falar em nome da
instituição guineense.
Embora
o caso já ter sido entregue ao Ministério Público, Calido Baldé continua
detido, refere a mesma fonte.
E
ainda de acordo com esta mesma fonte, amanhã, terça-feira, a PJ irá começar o
processo de notificação e audição de mais pessoas, tanto do Ministério do
Interior, como o dos Negócios Estrangeiros, supostamente implicadas no caso.
A
GBissau.com tentou contactar por várias vezes o Director da Polícia Judiciária,
Armando Namontche, mas sem sucesso.
Paralelamente,
decorre na Guiné-Bissau um processo administrativo a ser conduzido pelo
Ministro da Justiça, Mamadú Saliu Baldé que lidera uma comissão instaurada para
investigar este caso. Os ministros do Interior e dos Negócios Estrangeiros,
Suka N’Tchama e Fernando Delfim da Silva, respectivamente, serão ouvidos pela
comissão, provavelmente amanhã. O processo deverá ser concluído na
quarta-feira, 18 de Dezembro.
Entretanto,
em consequência deste caso, Fernando Delfim da Silva já terá apresentado o seu
pedido de demissão ao Presidente da República de Transição, Manuel Serifo
Nhamajo, como aliás avançou a GBissau.com em primeiro lugar. Nhamajo ainda não
se pronunciou sobre o pedido de demissão de Delfim da Silva.
A
“revolta” de Delfim da Silva estaria ligada ao facto da embaixada guineense em
Casablanca ter concedido os vistos aos 74 sírios “sem ter consultado
previamente os serviços centrais” do MNE. Presentemente, a Guiné-Bissau não tem
um Embaixador em Marrocos. Agostinho Fona é o actual Encarregado dos Negócios
da embaixada guineense. Hoje, a GBissau.com contactou aquela repartição
diplomática, mas Agostinho Fona mostrou-se “indisponível” para prestar
declarações à imprensa devido “às reuniões previamente agendadas”, de acordo
com um funcionário guineense afecto à embaixada.
A
Guiné-Bissau viu-se recentemente mergulhada numa grande crise interna e
diplomática com Portugal, quando 74 sírios “chegaram com passaportes da Síria e
partiram com passaportes da Turquia”, de acordo com as declarações do titular
da pasta do ministério dos Negócios Estrangeiros, Fernando Delfim da Silva.
O
mesmo grupo já terá pedido asilo a Portugal depois de se ter desembarcado em
Lisboa, no passado dia 10 de Dezembro, num voo da TAP que partiu de Bissau.
Entretanto,
a Transportadora Aérea Portuguesa anunciou a suspensão unilateral dos seus voos
à Guiné-Bissau até quando esta situação for devidamente esclarecida.
//GBissau.com
Obrigado PJ, pela investigacao.
ResponderEliminarBom sinal.