O representante especial do Secretário-Geral das
Nações Unidas e igualmente Chefe do Gabinete Integrado para a Consolidação da
Paz na Guiné-Bissau, José Ramos-Horta advertiu os políticos guineenses e a
população em geral que “desta vez não se pode falhar na Guiné-Bissau, porque
desta vez não vai haver golpe de Estado e nem haverá lugar para o golpe”.
Ramos-Horta que falava ontem (19 de Abril), numa
jornada de reflexão promovida pela Plataforma Guinémindjor, sob o lema “O que
nos identifica e nos une enquanto Nação guineense”. O ato decorreu nas
instalações do Centro Cultural José Carlos Schwarz em Bôr, e visa encontrar
respostas sobre o tema principal e as questões do tribalismo que se verifica
nos últimos tempos. José Ramos-Horta na sua intervenção recomendou a formação
de um executivo mais inclusivo possível, de forma a poder envolver todos na
construção ou reconstrução do país. Acrescentou ainda que um dos grandes
desafios de futuro executivo é a questão das reformas, pelo que avançou que é
preciso que se faça a reforma no setor da justiça, administração pública,
finanças e alfândegas.
Desta vez não se pode falhar na Guiné-Bissau, porque
desta vez não vai haver golpe de Estado e nem haverá lugar para o golpe.
Guiné-Bissau não tem razão para ser pobre e como se sabe Deus deu tudo a este
país. Vocês não precisam vender madeiras para serem ricos, para isso não deixem
que as vossas riquezas sejam roubadas para serem vendidas aos ricos de outras
regiões do mundo. Vou voltar daqui há dez anos e quero ver uma Guiné
reorganizada, em que a droga praticamente desapareceu e uma terra
desenvolvida”, assegurou o diplomata. Importa referir que o evento contou ainda
com a participação dos partidos políticos concorrentes às eleições legislativas
e os candidatos às eleições presidenciais, bem como os jornalistas e os membros
do Gabinete-Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (G-TAPE).
//Democrata
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