Em
discurso no Vaticano, papa expressou preocupação com violência na Ucrânia,
Síria, República Centro-Africana, no Sudão do Sul e na Venezuela. E ressaltou a
mensagem de amor ao próximo pregado por Cristo.
Em
sua mensagem de Páscoa pronunciada neste domingo (20/04) no Vaticano, o papa
Francisco apelou para que tenham fim as velhas e novas hostilidades.
Referindo-se às tensões na Ucrânia, ele exortou todos os envolvidos a encontrar
uma solução através de negociações, com o auxílio da comunidade internacional.
O
pontífice dirigiu-se também às partes em conflito na Síria, para que coloquem
fim à violência, sobretudo contra a população civil. Ao mesmo tempo, expressou
aos cerca de 100 mil fiéis reunidos da Praça de São Pedro a esperança de que as
negociações de paz entre israelenses e palestinos terão resultado positivo.
Sobre
a onda de perseguição a cristãos, Francisco lamentou os atentados contra
igrejas na Nigéria, assim como os sequestros de padres e bispos em diversos
locais. Ele ainda chamou, expressamente, a atenção para a violência da
República Centro-Africana, no Sudão do Sul e na Venezuela.
"Bom
almoço"
O
papa lembrou que a boa nova do Cristo ressuscitado na Páscoa "é sair de si
mesmo para ir ao encontro do outro, é permanecer junto de quem a vida feriu, é
partilhar com quem não tem o necessário, é ficar ao lado de quem está doente, é
idoso ou excluído".
Durante
a missa de Páscoa na Praça de São Pedro, Francisco rezou para que o Senhor
ressuscitado ajude a humanidade a vencer a chaga da fome, “agravada pelos
conflitos e por um desperdício imenso de que muitas vezes somos cúmplices”,
assim como para proteger os indefesos, “sobretudo as crianças, as mulheres e os
idosos, por vezes objeto de exploração e de abandono”.
Ao
fim da cerimônia do Domingo de Páscoa, o papa argentino de 77 anos concebeu a
tradicional benção Urbi et Orbi (à cidade de Roma e ao mundo). A exemplo do ano
anterior, ele abriu mão das saudações pascais em diversos idiomas, como era
hábito de seus antecessores, João Paulo 2º e Bento 16. Em vez disso, Francisco
se despediu singelamente, desejando "bom almoço", antes de
atravessar, no papamóvel aberto, a multidão reunida na praça.
AV/dpa/kna/epd
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