quinta-feira, 17 de abril de 2014

PRS considera que deveria ter mais dois mandatos


Baltazar Lopes Cardoso do Partido da Renovação Social disse não concordar com a forma como o resultado foi apresentado pela Comissão Nacional das Eleições (CNE) por não ter mostrado como os deputados foram eleitos por círculos eleitorais.

O dirigente dos Renovadores disse que vai reclamar este esclarecimento para melhor situar os partidos PRS e PAIGC sobre alguns círculos em relação aos mandatos.

Disse que, o partido vai continuar a reclamar até que o facto seja esclarecido a bem da democracia.

Baltazar Cardoso disse que, segundo dados apurados, o partido conta com 43 mandatos e não os 41 declarados pela CNE.

O Representante do PAIGC, Carlos Nelson Sano disse concordou com os resultados apresentados pela CNE e apelou as restantes candidaturas para fazem o mesmo ou seja aceitarem os resultados apresentados a bem da Nação e da democracia.

Enquanto isso, Victor Mandinga, do Partido da Convergência Democrática (PCD) disse que o partido foi roubado um mandato no círculo eleitoral de Contuboel.

Numa reacção após a publicação dos resultados, Victor Mandinga argumentou que, de acordo com os dados da mesa, recolhido pelo partido, o numero dos votos arrecadados pelo partido dão lhe mais um mandato naquela localidade, pelo que em vez de dois deveria ter três mandatos.
PAIGC vence com maioria absoluta e José Mario Vaz disputa segunda volta com Nuno Gomes Nabiam

O Partido Africano da Independência da Guine e Cabo Verde (PAIGC), elegeu 55 deputados contra os 41 do Partido da Renovação Social (PRS) e o seu candidato, José Mário Vaz  obteve 40, 98 por cento dos votos pelo que vai disputar uma segunda volta contra o independente Nuno Gomes Nabiam que se situou nos 25, 14 %.

O Partido da Convergência Democrática (PCD) conseguiu dois mandatos, enquanto o Partido Nova Democracia (PND) e a União para Mudança (UM) ficaram com 1 representante cada no hemiciclo.

O Presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE), Augusto Mendes, em conferência de imprensa realizada quarta-feira, para o anúncio dos resultados provisórios, disse que, a segunda volta das presidenciais serão disputados entre o candidato do PAIGC José Mário Vaz e o independente Nuno Gomes Nabiam a 18 de Maio de 2014.

Segundo o Presidente da CNE, Mário Vaz, conseguiu 252.269 votos, correspondente ao 40,98 por cento, o candidato independente Nuno Gomes Nabiam arrecadou 154.784 votos, equivalentes a 25.14 por centos.

Na terceira posição ficou o outro candidato independente Paulo Gomes, com 60.783 votos, correspondente ao 9.87 por cento, seguido do candidato; Abel Incada apoiado pelo Partido da Renovação Social (PRS), com 43.293 votos equivalentes a 7.03 por cento e na quinta posição ficou o líder do Partido Nova Democracia (PND), Iaia Djalo com 28.068 votos igual 4.36 por centos e no sexto lugar vem o dissidente do PRS, Ibraima Sory Djalo com 19.209 votos equivalente a 3.12 por cento.

O candidato do Partido Republicano da Independência e Desenvolvimento (PRID), Afonso Te, ficou na sétima posição com 18.398 votos, correspondente ao 2,99 por centos, na oitava ficou Hélder Vaz Lopes, com 8.515 votos, equivalente ao 1.38 por centos, na nona posição vem o independente Domingos Quade, com 8.432 votos, equivalente a 1.37 por centos.

Arregado Mantenque Te, do Partido Trabalhista (PT), conseguiu 7.105 votos, correspondentes a 1.15 por cento.

O independente Luís Nancassa conseguiu 6.815 votos, equivalente a 1.11 por cento, seguido de um outro independente e dissidente do Partido da Renovação Social, Jorge Malu com 5.946 votos correspondente ao 0,33 por cento e finalmente o candidato do Partido Socialista da Guiné-Bissau, Cirilo Rodrigues de Oliveira com 2.036 votos equivalente 0,33 por centos.

O Presidente da CNE afirmou que os dados provisórios anunciados não incluem os votos da diáspora, que deverão ser publicados sexta-feira.

Nas últimas eleições legislativas o PAIGC havia conquistado 67 mandatos contra os 28 do PRS; principal partido da oposição.


Paulo Gomes reconhece os resultados e não vai apoiar nenhum dos finalistas



O candidato independente posicionado em terceiro lugar nas presidências de 13 de Abril, reconheceu os resultados divulgados quarta-feira pela Comissão Nacional de Eleições e disse que ira manter-se neutro na segunda volta das presidências.

O anúncio foi feito hoje pelo próprio em conferência de imprensa realizada em Bissau. Na ocasião, Paulo Gomes assegurou que o movimento “no muda rumo”, que serviu de mote a sua campanha eleitoral, irá continuar a ser um actor importante para reforçar a democracia na Guiné-Bissau.

Continuaremos e seremos árbitro e independentes.

Paulo Gomes manifestou sua disponibilidade para trabalhar com o futuro chefe de Estado a ser eleito no próximo dia 18 de Maio, pondo a sua disposição” todas as suas experiências para mudar o rumo da Guiné-Bissau”.

Paulo Gomes posicionou-se em terceiro lugar com um pouco mais de sessenta mil votos, ou seja, 9, 87 %. A segunda volta será disputada entre José Mário Vaz, apoiado pelo PAIGC e Nuno Gomes Nabiam, independente.



Chissano pede respeito a vontade popular


O Chefe da Missão dos observadores da União Africana, Joaquim Chissano apelou aos políticos a respeitarem a expressão do povo Guineense como forma de fortificarem a democracia e a decisão soberana dos cidadãos.

“Acredito que com o fecho deste processo sem problemas, como aconteceu no acto da votação o país vai reconquistar a sua boa imagem como outrora junto dos parceiros do desenvolvimento e da comunidade internacional”, referiu Chissano.

Por seu lado, o Representante do Secretário-geral da ONU admitiu que a Guiné-Bissau vai conhecer seus melhores dias, conhecer o arranque do país rumo ao desenvolvimento e marcar a sua presença no concerto das Nações.

Falando sobre a futura governação do país, José Ramos Horta disse que o seu desejo maior enquanto representante da ONU e dos parceiros é de ver formado um governo que vai integrar outras forças vivas e os célebres quadros para poder responder a vontade do povo.

Para José Ramos Horta o país deve conhecer um Governo com um programa ambicioso para o desenvolvimento e de criação de base para o bem-estar dos cidadãos.
 
  
//ANG

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