Baltazar
Lopes Cardoso do Partido da Renovação Social disse não concordar com a forma
como o resultado foi apresentado pela Comissão Nacional das Eleições (CNE) por
não ter mostrado como os deputados foram eleitos por círculos eleitorais.
O
dirigente dos Renovadores disse que vai reclamar este esclarecimento para
melhor situar os partidos PRS e PAIGC sobre alguns círculos em relação aos
mandatos.
Disse
que, o partido vai continuar a reclamar até que o facto seja esclarecido a bem
da democracia.
Baltazar
Cardoso disse que, segundo dados apurados, o partido conta com 43 mandatos e
não os 41 declarados pela CNE.
O
Representante do PAIGC, Carlos Nelson Sano disse concordou com os resultados
apresentados pela CNE e apelou as restantes candidaturas para fazem o mesmo ou
seja aceitarem os resultados apresentados a bem da Nação e da democracia.
Enquanto
isso, Victor Mandinga, do Partido da Convergência Democrática (PCD) disse que o
partido foi roubado um mandato no círculo eleitoral de Contuboel.
Numa
reacção após a publicação dos resultados, Victor Mandinga argumentou que, de
acordo com os dados da mesa, recolhido pelo partido, o numero dos votos
arrecadados pelo partido dão lhe mais um mandato naquela localidade, pelo que
em vez de dois deveria ter três mandatos.
PAIGC vence com maioria absoluta e José Mario Vaz disputa segunda volta com Nuno Gomes Nabiam
O
Partido Africano da Independência da Guine e Cabo Verde (PAIGC), elegeu 55
deputados contra os 41 do Partido da Renovação Social (PRS) e o seu candidato,
José Mário Vaz obteve 40, 98 por cento dos votos pelo que vai disputar uma
segunda volta contra o independente Nuno Gomes Nabiam que se situou nos 25, 14
%.
O
Partido da Convergência Democrática (PCD) conseguiu dois mandatos, enquanto o
Partido Nova Democracia (PND) e a União para Mudança (UM) ficaram com 1
representante cada no hemiciclo.
O
Presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE), Augusto Mendes, em
conferência de imprensa realizada quarta-feira, para o anúncio dos resultados
provisórios, disse que, a segunda volta das presidenciais serão disputados
entre o candidato do PAIGC José Mário Vaz e o independente Nuno Gomes Nabiam
a 18 de Maio de 2014.
Segundo
o Presidente da CNE, Mário Vaz, conseguiu 252.269 votos, correspondente ao
40,98 por cento, o candidato independente Nuno Gomes Nabiam arrecadou 154.784
votos, equivalentes a 25.14 por centos.
Na
terceira posição ficou o outro candidato independente Paulo Gomes, com 60.783
votos, correspondente ao 9.87 por cento, seguido do candidato; Abel Incada
apoiado pelo Partido da Renovação Social (PRS), com 43.293 votos equivalentes a
7.03 por cento e na quinta posição ficou o líder do Partido Nova Democracia
(PND), Iaia Djalo com 28.068 votos igual 4.36 por centos e no sexto lugar vem o
dissidente do PRS, Ibraima Sory Djalo com 19.209 votos equivalente a 3.12 por
cento.
O
candidato do Partido Republicano da Independência e Desenvolvimento (PRID),
Afonso Te, ficou na sétima posição com 18.398 votos, correspondente ao 2,99 por
centos, na oitava ficou Hélder Vaz Lopes, com 8.515 votos, equivalente ao 1.38
por centos, na nona posição vem o independente Domingos Quade, com 8.432 votos,
equivalente a 1.37 por centos.
Arregado
Mantenque Te, do Partido Trabalhista (PT), conseguiu 7.105 votos,
correspondentes a 1.15 por cento.
O
independente Luís Nancassa conseguiu 6.815 votos, equivalente a 1.11 por cento,
seguido de um outro independente e dissidente do Partido da Renovação Social,
Jorge Malu com 5.946 votos correspondente ao 0,33 por cento e finalmente o
candidato do Partido Socialista da Guiné-Bissau, Cirilo Rodrigues de Oliveira
com 2.036 votos equivalente 0,33 por centos.
O
Presidente da CNE afirmou que os dados provisórios anunciados não incluem os
votos da diáspora, que deverão ser publicados sexta-feira.
Nas
últimas eleições legislativas o PAIGC havia conquistado 67 mandatos contra os
28 do PRS; principal partido da oposição.
Paulo Gomes reconhece os resultados e não vai apoiar nenhum dos finalistas
O
candidato independente posicionado em terceiro lugar nas presidências de 13 de
Abril, reconheceu os resultados divulgados quarta-feira pela Comissão Nacional
de Eleições e disse que ira manter-se neutro na segunda volta das presidências.
O
anúncio foi feito hoje pelo próprio em conferência de imprensa realizada em
Bissau. Na ocasião, Paulo Gomes assegurou que o movimento “no muda rumo”, que
serviu de mote a sua campanha eleitoral, irá continuar a ser um actor
importante para reforçar a democracia na Guiné-Bissau.
Continuaremos
e seremos árbitro e independentes.
Paulo
Gomes manifestou sua disponibilidade para trabalhar com o futuro chefe de
Estado a ser eleito no próximo dia 18 de Maio, pondo a sua disposição” todas as
suas experiências para mudar o rumo da Guiné-Bissau”.
Paulo
Gomes posicionou-se em terceiro lugar com um pouco mais de sessenta mil votos,
ou seja, 9, 87 %. A segunda volta será disputada entre José Mário Vaz, apoiado
pelo PAIGC e Nuno Gomes Nabiam, independente.
Chissano pede respeito a vontade popular
O
Chefe da Missão dos observadores da União Africana, Joaquim Chissano apelou aos
políticos a respeitarem a expressão do povo Guineense como forma de
fortificarem a democracia e a decisão soberana dos cidadãos.
“Acredito
que com o fecho deste processo sem problemas, como aconteceu no acto da votação
o país vai reconquistar a sua boa imagem como outrora junto dos parceiros do
desenvolvimento e da comunidade internacional”, referiu Chissano.
Por
seu lado, o Representante do Secretário-geral da ONU admitiu que a Guiné-Bissau
vai conhecer seus melhores dias, conhecer o arranque do país rumo ao
desenvolvimento e marcar a sua presença no concerto das Nações.
Falando
sobre a futura governação do país, José Ramos Horta disse que o seu desejo
maior enquanto representante da ONU e dos parceiros é de ver formado um governo
que vai integrar outras forças vivas e os célebres quadros para poder responder
a vontade do povo.
Para
José Ramos Horta o país deve conhecer um Governo com um programa ambicioso para
o desenvolvimento e de criação de base para o bem-estar dos cidadãos.
//ANG
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