quinta-feira, 8 de maio de 2014

ELEIÇÕES À PORTA NA REPÚBLICA DA GUINÉ – BISSAU, TERRA DE AMILCAR LOPES CABRAL, PANSAU NA ISNA, TITINA SILA…



Nas vésperas da realização de um novo acto eleitoral, na Guiné-Bissau, em 18 de Maio de 2014, impõe-se reflectir sobre algumas realidades e práticas, que urge combater, porque expõem, perante a Comunidade Internacional, e aos Nacionais, algumas das nossas fraquezas, em termos de vivência democrática, e põem em cheque a credibilidade do País, perpetuando, talvez injustamente, a forma como somos vistos do exterior, e, mesmo, internamente.

A razão poderá estar, em certo tipo de práticas, muitas vezes denunciadas, publicamente, que minam a credibilidade do processo eleitoral.

A nossa Democracia padece de uma crise de confiança, que as más práticas ajudam a aprofundar, acabando por se transformar, mais cedo ou mais tarde, em factor de instabilidade descontrolada, a exigir uma terapia de choque, que ninguém deseja.    

Poderá dizer-se que por culpa de alguns, que só pensam nos seus próprios interesses.

Mas, aos olhos da Comunidade Internacional (e do nosso Povo), o julgamento negativo recai sobre todo o País, como demonstração clara de incompetência e de incapacidade para levar a efeito um acto eleitoral que mereça a aprovação integral dos Parceiros Internacionais, que apoiam a sua realização, na expectativa de que a Guiné-Bissau recupere o seu crédito internacional e estabilize, finalmente!

É de nosso interesse conduzir a bom porto o processo eleitoral (em toda a sua envolvência), de modo que o resultado final seja digno de confiança e um factor de estabilização (em vez de causa de descontentamento, que vá descambar numa nova crise anunciada). Esse é o nosso apelo firme!

Todos sabemos que a nossa imagem exterior não é a melhor do Mundo! Culpa de quem?

A imagem é de um País ingovernável! Mas, internamente, a nossa realidade social mostra um Povo simples, pacífico e solidário, praticamente, sem dependência do Estado, como acontece na maioria dos País!

Reconhecidamente, a culpa não está no Povo Guineense, que convive, pacificamente, entre as suas muitas Etnias e Religiões, bem assim com a Comunidade Estrangeira Residente, e, nos momentos de crise, sabe manter-se disciplinado, confiante nas suas instituições, nomeadamente, nas suas Forças de Defesa e Segurança (assumidamente, parte integrante do Povo)! 

A nossa Classe Política é que deverá esmerar-se por merecer o Povo que tem, por corresponder à sua vontade de ser governado, com modos e regras claras, com verdade, honestidade e confiança (também, no âmbito eleitoral)!

Todos sabemos que o Poder tentacular do PAIGC se estende, não só aos Órgãos da Comunicação Social (na qual tem um autêntico clube de fans, tanto dentro como fora do País, como o caso da RDP ÁFRICA), bem como em algumas Organizações da Sociedade Civil Guineense, Associações Empresariais (como a do Comércio), Partidos Políticos e Associações Cívicas, sobre os quais recaem suspeitas de que são, politicamente inseminados, quer dizer, dirigidos por indivíduos, umbilicalmente, ligados ao Partido de origem (enquanto Membros fidelizados), mas que funcionam, nesses Grupos, como autênticos delegados políticos do Partido, introduzidos, como vírus, no interior de outros, com uma missão bem clara de contrapoder ou espionagem.

Mas suspeitas são suspeitas! Preferimos confiar na boa-fé dos Militantes e Associados!

Para tornar a nossa Democracia verdadeiramente operativa, todos nós (Partidos e Cidadãos, em geral) temos o dever de tudo fazer para torna-la mais forte, mais presente e actuante, na nossa vida quotidiana, através de um trabalho de doutrinação colectiva para nos habituarmos a viver em Democracia, em igualdade e respeito mútuo, confiantes nas instituições democráticas (e nos nossos eleitos), que ajudamos a criar com o nosso voto.

Todos sabemos que, na raiz do problema de instabilidade política e social do País, está a excessiva dependência económica dos políticos e um vicioso Jogo de Poder. Essa realidade faz com que se tornem vítimas fáceis de gente sem escrúpulos, que não olham a meios, para alcançar os seus objectivos de poder e fortuna, mesmo recorrendo a meios ilegais. Esse é um desafio que os próprios eleitos terão de superar que quisermos (como queremos) que a Democracia sobreviva e se dignifique.

Há por aí candidatos que, na sua apresentação, fazem apelos à Ditadura como solução para os nossos problemas! Insensatez, à mistura com a confissão de incompetência pré-anunciada e inutilidade pessoal! Mas foram esses que nos trouxeram à situação actual!

Memória curta? Ou incapacidade para analisar os fenómenos sociais e políticos?
Vade Retro!...

A Ditadura não gera Consensos! Só nos mentecaptos!

É no diálogo político e social (feito com verdade e vontade declarada) que reside a solução dos problemas! Em qualquer País que se preze (até na Família mais humilde)!

Ninguém é dono da Verdade em Democracia! Se ninguém é dono da Verdade! ???

Os Ditadores!...? Os Ditadores!... Acabam como começam, vítimas do seu egoísmo insensato!

Dr. Wilkinne


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