A 16 dias da Copa do Mundo, uma manifestação nesta
terça-feira, 27, em Brasília contra os jogos reuniu cerca de 2,5 mil pessoas,
parou o trânsito na capital federal e resultou em confronto direto de índios e
sem-teto contra policiais, com direito a bombas de gás lacrimogêneo e uma
flechada que atingiu a perna de um policial.
Perto dali - antes do protesto -, a presidente Dilma
Rousseff aproveitou a reunião com empresários de 35 setores, no Palácio do
Planalto, para afirmar que "não vai acontecer na Copa do Mundo o que
aconteceu na Copa das Confederações". "Não vai ter baderna",
garantiu.
"É a imagem do Brasil que estará em jogo",
ressaltou Dilma, avisando ainda que "vai chamar o Exército",
imediatamente, quando os governadores pedirem. "Estamos tomando todas as
providências. Não vamos ter problemas de segurança", declarou a
presidente, reiterando que "não admitirá baderna".
Embora a presidente tenha garantido que as pessoas
não enfrentarão transtornos na Copa, por causa de manifestações, pelo menos
três empresários tiveram dificuldade para deixar o Planalto justamente por
causa da manifestação que tomava conta do Eixo Monumental.
Organizado pelo Comitê Popular da Copa DF, Movimento
dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) e Juntos, o ato começou de forma pacífica na
rodoviária da cidade, com pautas que envolviam temas como moradia, justiça,
saúde, educação e transporte. Na sequência, o grupo marchou pela capital.
No Eixo Monumental, os líderes do movimento
improvisaram um tribunal, no qual a Fifa foi julgada e condenada por supostos
"crimes" cometidos no Brasil. Durante o ato, um grupo de indígenas
que estava na Esplanada dos Ministérios se juntou ao movimento e endossou o
coro das palavras de ordem entoadas contra o Mundial.
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