O primeiro-ministro da Guiné-Bissau destacou hoje as oportunidades de
investimento existentes no país nas áreas da construção, energia e
planificação, considerando que “os operadores económicos portugueses estão bem
posicionados para serem parceiros estratégicos” dos guineenses.
“A Guiné está num momento especial, acreditamos que é um virar de página e
estamos a divulgar a nossa visão estratégica para o horizonte [20]20-[20]25.
Acreditamos que os operadores económicos portugueses estão bem posicionados
para serem os nossos parceiros estratégicos”, afirmou Domingos Simões Pereira,
à margem de um encontro empresarial sobre ‘Investimento na Guiné Bissau’, que
hoje decorreu no Porto.
A chefiar o Governo guineense há apenas alguns meses, na sequência da
vitória do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) nas
eleições legislativas de abril, Domingos Simões Pereira defendeu ser “chegado o
momento de dar uma oportunidade ao país”.
“Depois do longo ciclo de estabilidade que o país enfrentou, é chegado o
momento de virar a página e apresentar uma Guiné-Bissau diferente e os nossos
parceiros portugueses podem ser uma estrutura de apoio a essa viragem”,
sustentou frente a uma plateia de algumas dezenas de empresários portugueses.
Para o chefe do Governo guineense, o primeiro dos “muitos desafios” que se
colocam ao seu executivo é, “desde logo, o grave problema de imagem” do país,
ainda afetada por “rótulos como estar dominado pelo narcotráfico, por vários
conflitos e por golpes de Estado”.
“Mas existe uma Guiné-Bissau diferente, tranquila e com um ambiente de
negócios apetecível, e é essa que queremos construir”, sustentou, considerando
ser “possível, nos próximos anos, atingir um crescimento perto dos 10%”,
dinamizado pelas “prioridades estratégicas” nas áreas da governação (incluindo
várias reformas internas para “reforçar as instituições democráticas do país,
desde a política fiscal, à justiça e à segurança), infraestruturação,
industrialização e desenvolvimento urbano.
“E, nesses domínios, pensamos que vamos encontrar em Portugal gente
preparada e disponível para trabalhar connosco”, afirmou Domingos Simões
Pereira, confiante de que o país “pode deixar de ser dependente dentro de um
curto espaço de tempo”.
Questionado sobre os setores onde mais oportunidades de investimento
existem na Guiné-Bissau, o governante destacou ser necessária “muita
construção, muita energia e muita planificação”, apontando ainda como
promissores os setores do turismo, pesca e agricultura. com Lusa
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