Biague Nan Tan diz que a sua ação visa
demonstrar que «afinal os militares da Guiné-Bissau «também sabem organizar...
O Chefe das Forças Armadas da
Guiné-Bissau anunciou «grandes mudanças» a partir do próximo dia 23 na
estrutura do exército guineense, incluindo a criação de polícias militares para
cada unidade.
Ao receber cumprimentos de ano novo por
parte de oficiais generais e superiores das Forças Armadas, o general Biague
Nan Tan aproveitou para comunicar que no dia 23 deste mês vão ser distribuídas
novas boinas para identificar militares de diferentes unidades.
Serão criadas polícias militares para
cada unidade, adiantou Biague Nan Tan, que disse pretender «restabelecer a
ordem» em todos os locais onde se encontrarem os soldados ou oficiais das
Forças Armadas da Guiné-Bissau.
A partir dessa data a Polícia Militar
passará a ser «mais atuante» para o cumprimento da ordem e da disciplina,
observou o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas guineenses, que
avisa que nenhum militar poderá usar uma peça de uniforme da unidade que não
seja a sua.
Os militares do batalhão da presidência
da República, por exemplo, ostentarão boinas verdes, os do regimento dos
comandos, vermelhas, e os da Marinha, azul-escuro.
Ainda no dia 23 de janeiro, data em que
se assinala no país o 52.º aniversário do início da luta armada para
independência, será inaugurada o refeitório do Estado-Maior General das Forças
Armadas onde os oficiais militares vão passar a comer.
Biague Nan Tan, que mandou construir o
refeitório para mais de cem pessoas sentadas, vai entregar no dia 23 de janeiro
mesas e cadeiras para refeitórios de todas as unidades militares do país.
O chefe das Forças Armadas guineenses
afirmou que toda a ação que tem estado a desenvolver desde que foi nomeado pelo
Presidente José Mário Vaz, há três meses, visa demonstrar que «afinal os
militares» da Guiné-Bissau «também sabem organizar».
«Temos que trabalhar arduamente para que
dentro de um ano ou dois a comunidade internacional possa dizer ‘os militares
guineenses são capazes de manter a estabilidade no país’», acrescentou Biague
Nan Tan.
//africa21
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