O Secretário-geral da Aliança Popular
Unida-Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), Juliano Augusto Fernandes,
disse que seria bom que, de uma vez por todas, fosse possível a realização das
eleições autárquicas para poder completar o ciclo democrático no país.
Juliano Augusto Fernandes falava hoje em
entrevista exclusiva à ANG, a propósito do anúncio feito recentemente pelo
Secretário de Estado da Administração Territorial, segundo o qual as eleições
autárquicas terão lugar em 2017, na Guiné-Bissau
O responsável da APU-PDGB sustentou que
a democracia parlamentar guineense já leva 20 anos de existência e, que
infelizmente no país não foi possível a realização das autarquias até a data
presente.
“As eleições autárquicas são
absolutamente fundamentais para a consolidação do nosso processo democrático e
sobretudo para a criação de condições para o desenvolvimento local “ disse.
Questionado se o seu partido vai
concorrer nas eleições autónomas marcadas para 2017, o Secretário-geral da
APU-PDGB disse que sim, porque “o objectivo de qualquer partido político é
lutar para chegar ao poder e governar”.
“É evidente que estamos a falar de uma
luta política num quadro e num pano de fundo democrático temos estas eleições
como objectivo, o que podemos talvez não vir a conseguir, mas nem por isso
deixaremos, ainda que na oposição, de dar a nossa contribuição para que neste
país sejam adoptadas as melhores políticas que visam resolver os problemas das
nossas populações “ disse, Fernandes.
Perguntado se até a data das autarquias
o partido vai estar pronto para fazer face as outras formações políticas já com
bases firmes, como são os casos do PRS e PAIGC, juliano Fernandes disse que o
APU-PDGB é um bebé que já nasceu grande.
“Somos o filho mais novo da mãe
democracia guineense acabados de nascer, cerca de quatro meses ou menos e
legalizados pouco mais de dois, mas, apesar de tudo isso, nós nascemos grandes
e contamos com uma adesão espetacular de guineenses, um partido grande com
enormes responsabilidades no país” disse.
Juliano Fernandes reconheceu que fazer
face aos partidos já existentes não será uma tarefa fácil.
“Estamos determinados e empenhados
porque sentimos que temos grande responsabilidade e não queremos de alguma
forma frustrar a confiança que em nós é depositada por uma certa franja da
nossa sociedade “ explicou.
//ANG
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