terça-feira, 26 de maio de 2015

Guiné-Bissau, SINDEPROF ameaça entrar em greve no dia 2 de Junho próximo

O vice-presidente de Sindicato Democrático dos Professores (SINDEPROF), Eusébio Có disse esta terça-feira, 26 de Maio, que a sua organização vai entregar ao governo um pré-aviso de greve no dia 27 do mês em curso e iniciará a paralisação a nível nacional a 2 de Junho. De acordo com este responsável, a greve “só terminará quando forem saneadas todas as preocupações dos professores”.

Eusébio Có que falava numa conferência de imprensa conjunta com Colectivo dos professores que reivindica o aumento salarial, sublinhou ainda que o SINDEPROF sempre está ao lado dos professores que exigem os seus direitos ao governo. “Lamentamos o papel da ministra em privilegiar o diálogo com um só sindicato, nesse caso o Sindicato Nacional dos Professores (SINAPROF). Na sua declaração a ministra deixou claro que rubricou acordo com o SINAFROF com vista a procurar soluções sem contar com SINDEPROF”.

O responsável sindical pediu aos seus colegas para se juntarem à luta a fim de resolver esta questão duma vez para sempre. “Foi aprovado na Assembleia Nacional Popular (ANP) e publicado no boletim oficial que o salário dos professores sem formação começa na letra (I) e os que têm a formação na letra (F), mas essa lei não está a ser cumprida”, lamentou.

Por seu lado, o porta-voz do Colectivo dos Professores em Reivindicação, Armando Vaz afirmou que 1449 professores a nível nacional estão nesta situação e alguns deles continuam a receber um salário miserável de 29 500xof que não chega para cobrir as despesas de casa e nem tão pouco pagar a renda.


“Os professores não têm meios para desviar fundos de Estado. Sabemos que alguém foi chefe de gabinete do Presidente Interino Raimundo Pereira (em 2012, na sequência do falecimento do Presidente Bacai Sanhá) e durante esse período foi desviada uma soma de dinheiro, e também sabemos que altos responsáveis do Ministério da Educação foram acusados de falsificação de certificados, qual foi posição da ministra face a esta situação”, questionou Vaz, reiterando a posição do grupo em prosseguir com a reivindicação até quando forem resolvidos o problema. Com Odemocrata

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