O Presidente da República não é o único responsável pela crise política guineense. Também a Assembleia Nacional Popular e o Governo, cada um destes órgãos, na justa medida, são partes de uma crise iniciada em 2014 e que se assentou na ANP desde Dezembro de 2015 com o chumbo da moção de confiança ao Programa do Governo e a declaração de perda de mandato de 15 deputados expulsos do PAIGC.
Haja coragem e honestidade para o assumir de responsabilidades perante os erros cometidos por todos, e tendo em conta a necessidade de se reparar os prejuízos causados à Guiné-Bissau e ao povo guineense. Não adianta culpar este ou aquele, quando os 3 órgãos de soberania de natureza política têm responsabilidades repartidas no global da crise.
Admira-me o facto de o Presidente da Assembleia Nacional Popular ser a segunda figura na hierarquia do Estado da
Guiné-Bissau e a quem compete substituir o Presidente da República na sua
ausência do país, não demonstrar um mínimo de respeito e consideração na sua
relação de interdependência com o Presidente da República e tendo em conta a
separação de poderes entre o órgão de soberania que é o Presidente da República
e o órgão de soberania que é a Assembleia Nacional Popular.
Alegar que esta crise começou com a
demissão do Engº. Domingos Simões Pereira do cargo de Primeiro-ministro em 12
de Agosto de 2015 e que não tem a sua sede no parlamento é simplesmente
desvirtuar os factos.
O Presidente da Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau orquestrou várias polémicas institucionais, visando
promover a sua agenda política.
Foi ele quem pediu publicamente a demissão do Ministro da Economia e Finanças, porque o Governo liderado pelo
Engº. Domingos Simões Pereira não estava disposto a satisfazer-lhe as suas reivindicações de aumento de salários e regalias dos parlamentares.
Quando o Presidente da República decidiu
retirar-lhe a escolta com batedores que o acompanhavam por tudo quanto é sítio
e ele que se deslocava com frequência pelo interior do país, como se estivesse
em Presidência Aberta, mas também para o exterior, como se fosse o Chefe do
Estado, resolveu fazer frente ao Presidente da República.
Provavelmente foi da estratégia
maquiavélica surgida nessa altura, que o Presidente da ANP decidiu apoiar o
Governo, certamente, conseguindo a satisfação das suas reivindicações
anteriores.
Provavelmente foi daí que surgiram as
intrigas que minaram o relacionamento institucional entre o Presidente da
República e o então Primeiro-ministro Engº. Domingos Simões Pereira.
A exigência da demissão do Ministro da
Economia e Finanças ocorreu em Novembro de 2014 e a demissão do
Primeiro-ministro ocorreu em 12 de Agosto de 2015 e envolveu o Presidente da
ANP como é do conhecimento público, através das declarações públicas que proferiu,
depois de se ter encontrado com o Presidente da República.
Que cada um tire as suas ilações.
Positiva e construtivamente.
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Domingos Simões Pereira foge oportunamente para a Europa, deixando como presente um bloqueio intransigente em posições insustentáveis. Se alguém tinha ainda tinha dúvidas que não passa de um autocrata autista interessado na desestabilização do país, fica definitivamente esclarecido. Ao retorno, escala em Cabo Verde, para acompanhar o regresso «triunfal» de Cadogo.
ResponderEliminarTanto a resposta à proposta de mediação, como a contra-proposta, são uma perfeita brincadeira de mau gosto, limitando-se a encher papel com letras vazias. O PAIGC acusa o Presidente de se limitar a traduzir as propostas da contra-parte, mas a sua «contra-proposta» não passa exactamente da mesmíssima coisa, num vão exercício de retórica demagógica, com um rebuçado «inclusivo».
Brincadeira tem hora. Brincadeira tem limite.
Meu amigo ñ deves esquecer k a politica è um jogo de interesse e è suja. Os 15 tentaram sobotear o seu proprio partido formando a maioria com a outra para derrubar o gov.do seu partido è o prs està de acordo è apoia a iniciativa dos 15.0 PAIGC k conquistou os votOs nas urnas vai ficar de braços cruzados è deixar Os 15 fazer o k quizer? Este è k see diz k a brincadeira tem limite para uma pessoa honesta apartidaria ñ è preciso pòr a lupa pera dar razào ao PAIGC. Temos os 0rgàos competentes no pays para derimir os conflitos è alguem quer subir em cima desse orgào para sentenciar uma irregularidade por julgar. Esta k è a brincadeira de mau gosto. E k devemos dizer basta
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