segunda-feira, 4 de julho de 2016

ONU apoia conferência sobre reconciliação na Guiné-Bissau

Rondas para preparar evento de Novembro terminam este domingo; participantes debateram crise guineense em reuniões em Bissau e Biombo; Fundo das Nações Unidas para a Consolidação da Paz apoia iniciativa.

“A corrupção, intolerância e a impunidade” estão entre as questões a ser abordadas na conferência sobre a reconciliação nacional na Guiné-Bissau, agendada para Novembro. Os temas são considerados como estando “na origem dos problemas que o país vive”.

Verdade e Reconciliação
Este domingo encerrou a série de conferências preparatórias realizadas em todas as regiões.

Os participantes de três reuniões referentes às conferências de Bissau e Biombo indicaram "o egoísmo e a falta de ética no exercício político" como razões para o momento crítico.

Caminhos
O processo conta com apoio do Gabinete Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau, UNIOGBIS, mandatado pelo Conselho de Segurança para apoiar um diálogo político inclusivo e o processo da reconciliação nacional.

Em entrevista a Rádio ONU, a porta-voz da UNIOGBIS, Júlia Galvão Alhinho falou dos trabalhos em curso.

Causas
"Restituir as comunidades nas várias regiões a conclusão da primeira ronda de consultas, levadas a cabo em 2011, das consultas saíram recomendações, identificação das causas de conflito e sugestões sobre como resolver e agora está se a devolvê-las a comunidade para saber se é preciso atualizar ou não o relatório".

O Conselho de Segurança aponta a inclusão de medidas concretas de combate à impunidade e o julgamento de responsáveis por assassinatos políticos, inversões da ordem constitucional e tráfico de drogas como essenciais a qualquer solução duradoira para a instabilidade na Guiné-Bissau.

Exemplos
Para a também chefe do Gabinete da Informação Pública do UNIOGBIS, a escolha dos mecanismos de reconciliação que o país vai adotar caberá aos guineenses. Segundo ela, não faltam exemplos de outros países e modelos de diálogo e reconciliação.

"Nesta conferência nacional, agendada para novembro virão delegados de todas as regiões do país e de todos os setores da sociedade e são estes delegados que vão aprovar este relatório final e escolher qual é o mecanismo de reconciliação que a Guiné-Bissau vai adotar".

Raízes
Os encontros debateram conclusões preliminares sobre as raízes do conflito e produziram dados para o relatório final.

O documento deve ser adotado na conferência Caminhos para a Paz, que vai destacar o perdão e um diálogo franco entre os guineenses.


Os trabalhos para o evento são sendo coordenados por uma comissão criada pela Assembleia Nacional Popular e dirigida pelo padre Domingos da Fonseca. Com a Rádio ONU

1 comentário :

  1. A ONU está a gastar desnecessariamente o dinheiro e a perder tempo na preparação desse evento, fala-se de reconciliação entre os guineenses, só se for entre os camaradas do PAIGC, exceto isso, quem é que deve se reconciliar com quem no nosso país? Os assassinos vão se reconciliar com os familiares das vitimas sem que se faça primeiro a justiça?

    A ONU deve ter a coragem de apontar o dedo aos gangues do PAIGC liderado pelo paraquedista DSP, como responsáveis pela crise que assola o país, e dizer-lhes que o mundo está atento e reprova as suas perturbações.

    Viva JOMAV e a sua equipa! Abaixo o eixo do mal que resgatou os bancos e prejudicou o país.

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COMENTÁRIOS
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