Silva Peneda, em entrevista à Renascença, diz que “não
passa pela cabeça de ninguém" que as decisões do Tribunal Constitucional
sobre o Orçamento do Estado "não sejam aplicadas”.
A eventual declaração de
inconstitucionalidade dos artigos mais polémicos do Orçamento do Estado para
2013 “pode levar a uma renegociação com a troika”, admite o presidente do
Conselho Económico e Social (CES).
Silva Peneda, em declarações ao
programa “Terça à Noite” da Renascença, excluiu a hipótese de
uma decisão do Tribunal Constitucional poder vir a inviabilizar o Orçamento ou
provocar uma crise política.
“Pode não inviabilizar, pode
levar a uma renegociação com a troika e o Orçamento ser ajustado. Tem que
limpar as inconstitucionalidades e terá que adaptar o Orçamento a essa nova
realidade.”
O antigo ministro
social-democrata acrescenta que “não passa pela cabeça de ninguém que as
decisões do Tribunal Constitucional não sejam aplicadas”.
Nesta entrevista à Renascença,
Silva Peneda afasta o cenário de uma ruptura no acordo de Concertação Social,
dizendo que “a questão das indemnizações por despedimento não vale o preço de
correr esse risco”.
Para o presidente do CES, este é
mais um incidente que “irá passar” e não terá consequências no acordo de
Concertação Social para o qual, garante Silva Peneda, o Presidente
da República Cavaco Silva deu uma ajuda “determinante” .
Silva Peneda volta nesta
entrevista a sublinhar a importância do crescimento económico para conseguir
ultrapassar a crise e considera que a ideia do ministro da Economia, Álvaro
Santos Pereira, de reduzir o IRC para 10% é uma boa ideia, que tem todas
as condições para avançar, porque “não há ideias inegociáveis na Europa” e esta
é “uma muito boa ideia do senhor ministro da Economia”.
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