segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Ramos-Horta admite dificuldades em mobilizar apoio internacional para eleições na Guiné-Bissau.



O representante das Nações Unidas para a Guiné-Bissau, José Ramos-Horta, admitiu hoje que será difícil mobilizar a comunidade internacional para apoiar o processo eleitoral no país e mostrou-se favorável a um adiamento das eleições.
"Não é fácil (...) devido à crise financeira e económica que prevalece no mundo, em particular nos países ricos amigos e apoiantes tradicionais da Guiné-Bissau. [Será] Difícil devido aos constantes recuos no processo na Guiné-Bissau, alguma desilusão, desencanto", disse o timorense José Ramos-Horta. E, adiantou contudo ser possível inverter este cenário.
Ainda disse que os países africanos são vítimas dos países produtores e consumidores de droga e que estes têm que fazer mais para combater o narcotráfico. «Os africanos, sobretudo os da África Ocidental, aparecem sempre como os maus da fita, mas na realidade nenhum país africano produz droga - é produzida na América Latina - e em nenhum país africano há grande consumo de droga - consumidores há na América do Norte e na Europa», disse José Ramos-Horta.
O representante das Nações Unidas para a Guiné-Bissau, que falava aos jornalistas em Lisboa, após uma reunião com o secretário executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Isaac Murade Murargy, adiantou que a questão do narcotráfico na Guiné-Bissau foi abordada no encontro e afirmou-se «incomodado» por os países africanos, nomeadamente a Guiné-Bissau, surgirem sempre associados ao tráfico de droga.

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