A Balança de Pagamentos da Guiné-Bissau, relativo ao
ano 2012 revela um crescimento do PIB em 1,5%, registando-se uma queda de 3,8%
relativamente ao ano de 2011.
A razão principal dessa queda, segundo os técnicos,
é devido à baixa tanto no preço assim como no volume da quantidade da castanha
de caju exportada, sendo que houve fuga em cerca de 60 mil toneladas, que
acabaram por ser exportadas por vias terrestres.
Mas, para o presente ano de 2014, a Balança de
Pagamentos da Guiné-Bissau pode atingir um crescimento de 3%.
A cerimónia de difusão das contas exteriores da
Guiné-Bissau foi presidida pelo ministro da Economia e Finanças, Geraldo João
Martins, na presença de diferentes entidades ligadas à economia nacional, na
qual se procederam debates, críticas, sugestões e recomendações que possam
revitalizar o quadro económico guineense.
No seu discurso aos convidados, o ministro da
Economia e Finanças disse que ao longo de ano 2012, o ambiente económico e
financeiro do país manteve-se frágil à escala mundial, devido essencialmente às
incertezas resultantes da persistência da crise das dívidas soberanas na zona
Euro.
No plano nacional, Geraldo Martins afirmou que a
economia ressentiu-se fortemente dos choques internos e externos que não permitiram
consolidar os ganhos registados nos últimos anos.
O governante revela que a taxa de crescimento do
Produto Interno Bruto (PIB) real de 2012 ficou em 1,5% depois de ter registado
crescimento que chamou de excepcional de 5,3% em 2011.
O ministro disse que há uma forte dependência da
economia nacional em relação à castanha de caju, principal produto de
exportação, neste sentido, reforçou a necessidade de ser empreendida,
urgentemente, a diversificação da produção e trabalhar para a transformação
local dos produtos.
“Quero prometer, perante esta ilustre audiência, que
o Governo, no cumprimento das suas obrigações, irá debruçar-se em desenvolver
os sectores da agro-indústria, das pescas e do turismo”, disse Geraldo Martins.
A retoma efectiva da cooperação com a comunidade
internacional e as instituições como Nações Unidas, União Europeia, União
Africana, CEDEAO e CPLP constitui um sinal forte para o ministro da Economia e
Finanças e afirma que estão reunidas as condições para relançar a economia do
país.
Nesta apresentação da Balança de Pagamentos, foi
revelada que foram exportadas 140 mil toneladas de castanha em 2012, mas a
produção atingiu 200 mil toneladas, sendo que 60 mil foram exportadas por vias
terrestres, tendo o país perdido cerca de 0,7% do crescimento do PIB.
Por seu turno, o director nacional do Banco Central
dos Estados da África Ocidental (BCEAO), Aladje Mamadu Fadiá, lembrou que, no
período entre 2000 e 2011, o saldo global da balança de pagamentos foi sempre
positivo, facto que disse ter ajudado a reforçar os activos externos, pela
primeira vez desde a adesão do país à UEMOA.
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