Dirigentes da sociedade civil da
Guiné-Bissau vão entregar aos líderes da África Ocidental, reunidos em cimeira
no Senegal, uma mensagem sobre a sua visão para o fim da crise política no
país, disse Augusto da Silva à Lusa.
Presidente da Liga Guineense dos
Direitos Humanos, Augusto da Silva, deu estas indicações à Lusa na sexta-feira
à noite, de partida para Dakar onde hoje tem lugar uma cimeira dos líderes da
CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da Africa Ocidental) com a crise
guineense como um dos temas do encontro.
Além do presidente da Liga Guineense dos
Direitos Humanos vão estar presentes em Dakar, Fatumata Djau Baldé e Elisa
Tavares Pinto, líderes de duas organizações femininas, Ufé Vieira, em
representação da juventude e o presidente do Movimento da Sociedade Civil, Jorge
Gomes.
"A sociedade civil tem uma mensagem
a passar aos chefes de Estado da CEDEAO, a nossa visão sobre esta crise e como
é que deve ser ultrapassada. Para nós é importante respeitar a lei e a
Constituição do país", defendeu o líder da Liga Guineense dos Direitos
Humanos.
As organizações da sociedade civil
guineense, agrupadas na chamada Aliança para Paz e Democracia (plataforma
criada com o espoletar da crise política) vão tentar sensibilizar
particularmente o presidente do Senegal, Macky Sall, na qualidade de presidente
em exercício da CEDEAO "a se envolver mais" na procura de uma solução
para o problema.
O presidente da Guiné-Bissau, José Mário
Vaz, que estará presente na cimeira de Dakar, demitiu o Governo eleito há
exatamente um mês e nomeou Baciro Djá, primeiro-ministro, mas dias depois o
Supremo Tribunal de Justiça mandou anular a indicação do executivo liderado por
Dja alegando inconstitucionalidade da sua nomeação.
A Guiné-Bissau está sem Governo há um
mês, devido a crise interna do PAIGC.
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