quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Candidato a líder do PAIGC admite eleições só em 2014



Domingos Simões Pereira, candidato à liderança do maior partido guineense, tem "confiança na avaliação" das Nações Unidas, que hoje consideraram "impraticável" que as eleições na Guiné-Bissau se realizem ainda este ano.

"Vivemos numa situação de alteração da ordem constitucional e, portanto, quanto mais rapidamente regressarmos à ordem, melhor. Só que, se há instituições competentes para avaliar a existência ou não de condições para esse retorno, eu prefiro fazer confiança na avaliação que elas fazem", disse à Lusa, à margem de uma conferência internacional, em Lisboa.

O representante especial das Nações Unidas na Guiné-Bissau, José Ramos-Horta, admitiu hoje o adiamento das eleições gerais para o início de 2014, considerando, no final de uma reunião sobre o processo eleitoral guineense, que a sua realização "é de todo impraticável" ainda este ano.

"Eu não posso fazer essa avaliação", recusou Domingos Simões Pereira, remetendo-a para as organizações "competentes", que, em "análises" anteriores, "já apontavam para a possibilidade" de adiamento.

O PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde), recordou, já fez saber que "o mais importante é que se criem condições para uma ida às urnas num clima apaziguado e que se garanta a expressão livre por parte dos votantes".

Na sequência do golpe militar de 12 de abril de 2012, a Guiné-Bissau está a ser dirigida por um presidente e um governo de transição. A CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental) fixou que o período de transição devia terminar antes do final deste ano, com a organização de eleições gerais, marcadas para 24 de novembro.

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