Domingos Simões Pereira, candidato à liderança do
maior partido guineense, tem "confiança na avaliação" das Nações
Unidas, que hoje consideraram "impraticável" que as eleições na
Guiné-Bissau se realizem ainda este ano.
"Vivemos numa situação de alteração da ordem
constitucional e, portanto, quanto mais rapidamente regressarmos à ordem,
melhor. Só que, se há instituições competentes para avaliar a existência ou não
de condições para esse retorno, eu prefiro fazer confiança na avaliação que
elas fazem", disse à Lusa, à margem de uma conferência internacional, em
Lisboa.
O representante especial das Nações Unidas na
Guiné-Bissau, José Ramos-Horta, admitiu hoje o adiamento das eleições gerais
para o início de 2014, considerando, no final de uma reunião sobre o processo
eleitoral guineense, que a sua realização "é de todo impraticável"
ainda este ano.
"Eu não posso fazer essa avaliação", recusou
Domingos Simões Pereira, remetendo-a para as organizações
"competentes", que, em "análises" anteriores, "já
apontavam para a possibilidade" de adiamento.
O PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e
Cabo Verde), recordou, já fez saber que "o mais importante é que se criem
condições para uma ida às urnas num clima apaziguado e que se garanta a
expressão livre por parte dos votantes".
Na sequência do golpe militar de 12 de abril de 2012,
a Guiné-Bissau está a ser dirigida por um presidente e um governo de transição.
A CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental) fixou que o
período de transição devia terminar antes do final deste ano, com a organização
de eleições gerais, marcadas para 24 de novembro.
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