A manifestação
organizada pela UNITA foi, este sábado de manhã, reprimida pelas autoridades
angolanas tendo causado pelo menos a morte de um manifestante. Esta madrugada,
as forças policias terão também morto um jovem dirigente da CASA -CE e detido
cerca de 200 simpatizantes durante uma colagem de cartazes.
Dezenas de manifestantes
concentraram-se hoje de manhã junto ao cemitério de Santana, em Luanda, para
participar numa manifestação promovida pela UNITA em protesto contra o rapto e
a alegada morte dos dois ex-militares Alves Kamulingue e Isaías Cassule.
Esta manifestação
acabou por ser interrompida por disparos para o ar da Polícia de Intervenção
Rápida de Angola que tentaram impedir o porta-voz da UNITA, Alcides Sakala, de
prestar declarações à imprensa internacional. Os disparos para o ar que
dispersaram as pessoas ocorreram junto ao mercado dos congolenses, entre o
cemitério de Santana e a Praça 1.º de Maio. Um helicóptero sobrevoou a zona, os
agrupamentos de dez ou mais pessoas foram proibidos.
O presidente do maior
partido da oposição angolana, Isaías Samakuva, declarou o fim da manifestação
ao início da tarde na sequência de nova intervenção policial com a utilização
de gás lacrimogéneo para dispersar os manifestantes do local. Em entrevista à
RFI, o líder da UNITA, Isaías Samakuva, fala de 5 eventuais mortes, uma delas confirmada,
de várias detenções em Luanda e nas restantes províncias e também de ataques a
sedes do seu partido.
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