O Presidente da Câmara Municipal de Bissau (CMB), acusou o sindicato de
actividades contrárias ao bom funcionamento da instituição e de falta de
colaboração com a direcção da edilidade.
Artur Sanha que falava em conferência de imprensa sobre a recente greve
ocorrida na CMB e entretanto já levantada, disse advertiu que não vai banalizar
a instituição e muito menos se sente iludido pelo cargo que ocupa.
“Nem era minha intenção (assumir este cargo), depois do golpe de Estado
de 12 de Abril. Fui forçado à assumir a direcção da CMB, pois a minha intenção
inicial era fazer parte do governo. É bom que fique bem claro”, esclareceu
Artur Sanha.
Sanha que acusa o sindicato de base de estar a ser empurrado por “mãos
ocultas” desmentiu as informações sobre a sua possível candidatura a
presidência da república nas eleições gerais do 16 de Março próximo.
“Deixo aqui o esclarecimento de que não vou ser candidato a presidente da
república, mas sim vou-me concorrer ao cargo de deputado no Círculo 4,
nomeadamente Fulacunda e Tite”.
Artur Sanha reconhece a dívida para com os trabalhadores, mas
desdramatizou a situação lembrando que isso não é exclusivo apenas da sua
Direcção.
“Se as pessoas aceitarem colaborar com a direcção, vamos conseguir pagar
os atrasados e se o sindicato é para a defesa dos trabalhadores, deve
primeiramente discipliná-los”, advertiu.
O Presidente da CMB denunciou a falta de colaboração e recordou que se
deve aumentar as receitas da edilidade, mas os próprios trabalhadores têm
constituído obstáculos.
Informou terem descoberto e mandado deter alguns funcionários suspeitos
de desvio de receitas da instituição, sobretudo provenientes de cobranças de
Cacifos e Contentores.
“São no total 6400 unidades comerciais de Bissau, entre cacifos e
contentores agora registados e que dantes não pagavam contribuições na CMB”,
estimou sublinhando de seguida que a receita de cobrança de todas elas
permitiriam a CMB recuperar 24 milhões de francos CFA.
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