As mesas de voto na
Guiné-Bissau fecharam sem incidentes às 17:00 (18:00 em Lisboa) e o apuramento
decorre de forma serena, disseram à Lusa fontes ligadas ao processo eleitoral.
Na votação de hoje para a segunda volta das eleições presidenciais é
esperado um aumento da abstenção, de acordo com dados da Comissão Nacional de
Eleições (CNE).
Segundo os números divulgados quando faltava hora e meia para encerrarem as
urnas, tinham participado 60 a 65% dos eleitores inscritos.
Na primeira volta das eleições presidenciais, a 13 de abril, a participação
foi de 89 por cento, a mais elevada de sempre na Guiné-Bissau, também de acordo
com os dados da comissão.
Estamos em plena campanha de castanha de caju que terá óbvios reflexos na
disponibilidade dos cidadãos", referiu hoje Kátia Lopes, juíza e porta-voz
da CNE.
O organismo justifica a subida da abstenção com o facto de muitas pessoas
não estarem na sua zona de residência e votação, deslocando-se para os campos
de cajueiro e sem capacidade financeira para suportar deslocações.
A Comissão Nacional de Eleições ainda não tem um prazo previsto para
anunciar os resultados, mas fonte ligada ao organismo admite que seja mais
curto que na primeira volta, por ser uma contagem mais simples, apenas com dois
candidatos.
Na altura, os resultados provisórios foram anunciados três dias depois do
domingo eleitoral - ou seja, na quarta-feira seguinte.
Hoje os guineenses escolheram entre José Mário Vaz, candidato apoiados pelo
Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), e Nuno Gomes
Nabiam, candidato independente.
Para segunda e terça-feira estão marcadas as apresentações de relatórios
das várias missões internacionais de observação eleitoral.
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