A Guiné-Bissau prepara-se para realizar
uma atualização de cadernos eleitorais, disse à fonte governamental.
"A lei prevê a atualização anual e
já há preparativos em curso para que seja feita nos próximos dois meses",
prevê Doménico Sanca, ministro interino da Administração Interna.
A operação está orçada em 1,2 milhões de
euros para poder chegar a todo o país, num território sem estradas nem redes de
energia elétrica.
"A logística será semelhante à do
último recenseamento, talvez reforçada", acrescentou o governante, com
equipas a percorrer o país com 'kits' informáticos e geradores.
As dúvidas sobre o registo de eleitores
foram um dos argumentos usados pelos candidatos que questionavam os resultados
das eleições presidenciais em 2012, pouco antes de um golpe de Estado militar
abalar o país.
Para evitar novos dissabores,
Timor-Leste liderou o apoio a um recenseamento biométrico realizado entre
dezembro de 2013 e fevereiro último e que permitiu atribuir cartões de eleitor
para as eleições gerais deste ano - que repuseram a norma constitucional.
Os novos cartões têm fotografia e outros
elementos de segurança para identificar quem vota, para além de estarem
guardados numa base de dados informática, mais fácil de manter e atualizar pelo
GTAPE (Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral).
"Ainda há trabalho por fazer.
Timor-Leste já se prontificou a ajudar" na atualização, mas o governo
procura mais parcerias para concretizar o processo.
Doménico Sanca acredita que os cadernos
vão crescer: "somos um país de jovens, por isso penso que vamos engrossar
o número de eleitores".
Os 2983 cadernos eleitorais entregados
em março à Comissão Nacional de Eleições (CNE) têm 775.508 eleitores.
No recenseamento anterior, realizado em
2008, tinham sido registadas cerca de 600 mil pessoas.
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