O presidente do parlamento da
Guiné-Bissau, Cipriano Cassamá, classificou ontem como uma "falha" o
encontro de uma comitiva governamental com rebeldes de Casamança (Senegal) em
território guineense e pediu a exoneração dos dirigentes civis e militares que
a integravam, entre eles o actual ministro interino, Domenico Sanca.
O líder da comitiva, o ministro da
Administração Interna, Botche Candé, foi demitido pelo Presidente da República,
José Mário Vaz, depois do incidente e segundo o presidente do parlamento, os
restantes dirigentes também devem sair. O parlamento guineense criou uma
comissão de inquérito ao caso, cujos resultados foram apresentados na
quinta-feira numa sessão à porta fechada.
"Botche não deve ser o único a
pagar pela falha. Todos os que lhe o acompanharam, devem ser igualmente
responsabilizados", defendeu Cipriano Cassamá, que advoga ainda uma
"mudança radical" nos ministérios da Administração Interna e da
Defesa.
O presidente do Parlamento guineense
exige também que as autoridades guineenses trabalhem no sentido de reconfirmar
os pilares (marcos das fronteiras) entre a Guiné-Bissau e o Senegal.
Cassamá diz que vai convocar o
ex-ministro da Administração Interna, Botche Candé, para ser ouvido na comissão
especializada permanente sobre Defesa. Ainda não foi nomeado um novo ministro
da Administração Interna e Botche demitiu-se a 28 de Novembro.
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