No dia 29 de abril, pelas 13 Horas, teve
lugar uma Videoconferência entre o Governo da Guiné-Bissau, Representado pelo
Chefe do Governo que tinha em sua companhia o Ministro dos Negócios
Estrangeiros, Cooperação Internacional e Comunidades e a Ministra da Defesa
Nacional; a UNIOGBIS, contou com a presença do Representante Especial do Secretário-geral
das Nações Unidas na Guiné Bissau (partes presentes em Bissau) e o Grupo
Consultivo do Fundo, com o seu Presidente Nigel Roberts e o Presidente da
Configuração Guiné-Bissau do Comité de Consolidação da paz, Embaixador António
Patriota (todos em Nova Iorque).
A videoconferência serviu para uma troca
de notas sobre o processo político em curso e o Plano Prioritário previsto para
dois anos, 2015-2017, que deve cobrir quatro áreas, a saber:
1) Diálogo e Reconciliação Nacional;
2) Reforma do Sector da Defesa e Segurança;
3) Reforma do Sector da Justiça;
4) Dividendos da Paz (com enfoque em jovens e mulheres)
Este Plano, aprovado em Bruxelas, irá
financiar projectos, no valor de 10 milhões de dólares americanos, anunciados
na Mesa Redonda e faz parte do pacote global anunciado por todo o Sistema das
Nações Unidas. O PBF encontrando-se numa posição privilegiada disponibilizou-se
para em estreita colaboração com o Governo, trabalhar para apoiar à
Guiné-Bissau.
Os intervenientes foram, o Representante
Especial do Secretário-Geral das Nações Unidas para a Guiné-Bissau, Miguel
Trovoada e o Primeiro-ministro Domingos Simões Pereira.
Na sua intervenção o Presidente Miguel
Trovoada sublinhou que “hoje, existe uma oportunidade histórica para a
Guiné-Bissau de avançar para um caminho mais estável e próspero.”
O Chefe do Governo agradeceu os
promotores, falou das linhas pragmáticas de desenvolvimento defendidas pela
Guiné-Bissau no Plano Estratégico “Terra Ranka”, e respondeu às várias questões
colocadas pelos presentes, Estados membros da configuração.
Numa interação muito animada de cerca de
2 horas, o Primeiro-ministro afirmou, entre outras asserções: “Que a
Guiné-Bissau vive um momento especial em que existe um alinhamento das
principais autoridades do país, e da sociedade civil, a favor da criação de um
ambiente de confiança, favorável à recepção das ajudas prometidas e capazes de
produzir os resultados preconizados”
Respondendo à questão sobre o que
diferencia o actual momento dos anteriores, o PM referiu que, “…apesar do
resultado das eleições ter ditado uma maioria absoluta para o PAIGC, hoje o
momento não é de afirmar legitimidades mas de estabelecer compromissos e
assegurar que todos se sintam relevantes e envolvidos.
Sobre as mulheres, afirmou: “Nós
acreditamos que as mulheres formam uma componente importante do grupo alvo das
ações programadas e na implementação dos projectos de desenvolvimento”.
Concluiu dizendo que, do ponto vista económico, segundo os últimos dados o país
está a crescer. As receitas fiscais têm vindo a aumentar de forma significativa
em relação aos anos anteriores, devido a medidas corajosas adotadas pelo
Governo, nomeadamente o controle das faturas, e a drástica redução das despesas
não tituladas. Tais medidas têm no entanto provocado algum mal-estar, por
hábitos consolidados e interesses vários.”
//Gabinete do primeiro-ministro da
Guiné-Bissau
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