A história nos revela
exemplos de homens que lutaram pela paz no mundo e pela liberdade humana.
Gandhi se destaca na história por seu amor e dedicação à vida, por seu cuidado
com todas as coisas que existem no mundo. Podemos dizer que Gandhi possuía uma consciência
ética.
Gandhi, em princípio,
lutou pela independência da Índia. É o que podemos falar, resumidamente, da
vida deste homem. Porém, ao lutar pela independência da Índia, Gandhi o fez
também pela independência do homem inglês que explorava a Índia, pela
independência do homem europeu, enfim, pela independência do ser humano!
Mas, Gandhi também teria
lutado pela independência dos exploradores da Índia, isto é, pelos ingleses?
Conhecemos a história e sabemos que Gandhi lutara tão somente pela independência
da Índia. Mas, o método, isto é, o caminho que ele utilizou para lutar
pela independência do seu país é marcado por uma preocupação não só com o seu
povo, os indianos, mas com o ser humano. O objetivo de Gandhi nesta luta foi a
liberdade e a paz para o ser humano, e não apenas para o seu povo.
O caminho utilizado por
Gandhi: a não-violência. Não-violência não
significa passividade, ou resignação, mas uma luta mais ativa que a luta
armada. Porque só homens disciplinados, de bons hábitos, conhecedores de si
mesmos e dos seus ideais e, portanto, da sua causa, podem utilizar o método da
não-violência. Gandhi sabia que uma boa ação, realizada uma única vez não faria
diferença na vida do seu povo. É preciso ser bom sempre, respeitar todos os
dias a natureza e a vida; mostrar-se indignado todos os dias com a mentira e o
egoísmo e, certamente o mais importante: é preciso dialogar sempre!
Gandhi ensinou a virtude
para o mundo inteiro, ensinou-nos como podemos ser livres e como podemos cuidar
da morada humana, isto é, como podemos ser éticos. Porque o mundo, que é a
morada comum a todos os homens, não depende apenas do gesto de uma pessoa para
que ele continue habitável, mas do esforço de todos os seres humanos, de gestos
simples; jogar uma casca de banana na lixeira, dizer um bom dia ao
outro e pedir perdão aos nossos pais, aos nossos filhos, e aos nossos amigos.
Há um provérbio que diz: Não
é a chuva forte que nos dá uma boa colheita, mas aquela chuva que cai mansinha
todos os dias sobre os nossos campos. É urgente que sigamos o exemplo de
Gandhi, pois só teremos uma boa colheita, ou seja, só colheremos a paz e a
liberdade se regarmos todos os dias as nossas vidas com diálogo e boas ações.
O filósofo Michael
Foucault diz que não existe o poder. Mas, relações de
poder. Porque o poder circula entre as pessoas. E é o que caracteriza a
liberdade. Assim, por exemplo, num diálogo, quando escutamos, silenciosamente,
o que o outro fala, damos ao outro o poder de falar.
Hannah Arendt, também
filósofa, nos ensina que, se o poder foi tomado por uma pessoa, não há poder,
mas violência. Porque o poder não pode ser tomado, mas dado. Assim, quando
elegemos um representante, damos à outra pessoa o poder de nos representar.
Arendt escreve: “A forma extrema de poder é os todos contra um. A forma
extrema da violência é o um contra todos (...) A violência de um contra todos
nunca é possível sem armas. A violência distingue-se por seu caráter
instrumental”.(Hannah Arendt, Sobre a Violência).
Assim, aprendemos com os
filósofos que, quando agimos com violência verbal ou física, estamos
distanciando-nos do poder, e afastando-nos do que nos faz humanos; da
capacidade de nos expressarmos através do diálogo. Gandhi também nos ensina
isso, mas vai além. Mahatma Gandhi, “grande alma”, como foi
chamado, nos ensina que um ato violento é injustificável, e que um bom soldado
é um homem virtuoso que se cultiva com bons hábitos e pratica boas ações.
“Considero-me um
soldado, mas um soldado da paz”. (Gandhi)
...essência liderança do aqui»»
Fico orgulhoso de ler Gandhi, homem de paz, religioso, grande arquitecto da liberdade na Índia...Tolerante mas firme, ele e sua filha ficam na História, dos que morrer coerentes sempre...Bem hajam por publicar
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