quinta-feira, 2 de julho de 2015

O Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, vai dirigir amanha, uma mensagem ao país a partir da Assembleia Nacional Popular (ANP), numa sessão especial


O Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, vai dirigir na sexta-feira uma mensagem à Assembleia Nacional Popular (ANP), numa sessão especial do parlamento guineense, disse hoje à agência Lusa fonte da ANP.

Nem os serviços parlamentares nem da presidência adiantaram qual o teor da intervenção do chefe de Estado.

A comunicação vai ser feita numa altura em que há divergências entre José Mário Vaz e o primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira, que já reconheceu existir um clima de “tensão” entre ambos.

Os dois dirigentes guineenses foram eleitos em 2014, repuseram a ordem constitucional após o golpe de Estado de 2012 e têm merecido o apoio generalizado da comunidade internacional – que agora tem olhado com preocupação para as desavenças políticas entre ambos.

Para a intervenção do presidente no parlamento, marcada para as 10:00 de sexta-feira, foram convidados os representantes do corpo diplomático acreditado em Bissau, bem como os representantes das autoridades internacionais a funcionar no país.

A União Africana (UA) foi a mais recente instituição a mostrar-se preocupada com a falta de sintonia entre Presidente e primeiro-ministro.

O comissário para a Paz e Segurança da UA, Smail Chergui, referiu na quarta-feira em comunicado que “se não for rapidamente circunscrita, a situação atual pode comprometer os progressos já alcançados e complicar os esforços empregues para mobilizar apoio internacional necessário para a Guiné-Bissau”.

Auscultado pelos veteranos do partido no poder e que o elegeu, o PAIGC, o chefe de Estado disse nas últimas semanas estar na posse de dossiês que põem em causa a autoridade moral de alguns membros do Governo e que essa é a razão das divergências.

O PAIGC e o parlamento aprovaram na última semana moções de apoio a Domingos Simões Pereira e ao Governo apelando ao diálogo entre todos, algo que o primeiro-ministro acredita que será mais fácil depois do afastamento de dois dirigentes políticos na última semana.


Baciro Dja demitiu-se do cargo de ministro da Presidência do Conselho de Ministros e Abel Gomes abandonou o secretariado-nacional do PAIGC. Com a Lusa

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