O Conselho de Segurança das Nações
Unidas reafirmou seu total compromisso com a consolidação da paz e com a
estabilidade na Guiné-Bissau. O órgão decidiu ampliar por mais um ano o mandato
da Uniogbis, o Escritório Integrado das Nações Unidas no país, até 28 de
fevereiro de 2017.
Nova York - O Conselho de Segurança das
Nações Unidas reafirmou, nesta sexta-feira (26), seu total compromisso com a
consolidação da paz e com a estabilidade na Guiné-Bissau. O órgão decidiu
ampliar por mais um ano o mandato da Uniogbis, o Escritório Integrado das
Nações Unidas no país, até 28 de fevereiro de 2017.
Os países-membros expressaram total
apoio ao papel do representante especial do secretário-geral na Guiné-Bissau,
Miguel Trovoada. A resolução lista uma série de prioridades para a Uniogbis,
sendo a primeira o apoio ao diálogo político inclusivo e ao processo de reconciliação
nacional.
Segundo o Conselho de Segurança, isso é
essencial para reforçar a democracia e se alcançar um consenso em questões
políticas importantes, como a urgência de se fazer as reformas necessárias.
Entre as reformas consideradas
fundamentais estão as ligadas ao setor de segurança, ao Estado de direito e ao
desenvolvimento de sistemas de justiça civil e militar que estejam de acordo
com os padrões internacionais.
Para isso, o Conselho de Segurança pede
à Uniogbis para fornecer conselhos estratégicos e técnicos às autoridades
nacionais, em coordenação com a Ecowas/Ecomib, que é a Missão de Segurança na
Guiné-Bissau da Comunidade Económica dos Países da África Ocidental (CEDEAO).
Outra prioridade da UNIOGBIS deve ser
prestar apoio ao governo guineense na mobilização e coordenação de assistência
internacional para a implementação da reforma do setor de segurança. Deve
também ser reforçada a cooperação com a Ecowas, a CPLP, a União Africana e a
União Europeia.
O Conselho de Segurança também afirma
que tanto UNIOGBIS quanto o representante Miguel Trovoada continuarão a liderar
esforços internacionais em algumas áreas prioritárias.
Uma delas é a do apoio ao governo para o
reforço das instituições democráticas. Outro destaque vai para o fornecimento
de ajuda para o estabelecimento de um bom sistema de justiça criminal e
penitenciário, capaz de combater a impunidade, ao mesmo tempo em que promova o
respeito aos direitos humanos.
O Conselho de Segurança pede ao
presidente, ao primeiro-ministro, ao chefe do Parlamento e outros líderes
políticos para cumprirem seus compromissos e promoverem a estabilidade política
na Guiné-Bissau, como é de interesse da população.
A sociedade civil e os militares também
têm um papel – trabalhar juntos para consolidar progressos e ajudar a tratar as
causas da instabilidade, em especial no campo político-militar, segundo o
documento aprovado pelo Conselho de Segurança.
A resolução cita ainda a importância de
combater o tráfico de drogas para o alcance da estabilidade política e
económica na Guiné-Bissau. com o Rádio ONU
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