A Selecção Nacional de futebol “Djurtus”
regressou, nesta quarta-feira ao país, após ter parcipado na fase final do
CAN-2017.
No aeroporto os Djurtus foram recebidos
por milhares de pessoas que os acompanharam até ao palácio da república a pé e
nas viaturas com gritos de vitória e de encorajamento.
Numa breve declaração á imprensa o
seleccionador, Baciro Candé, mostrou-se orgulhoso com a prestação da selecção
nacional no Campeonato Africano das Nações CAN.
Segundo Cande a selecção nacional ficou
de fora não por falta de vontade mas porque a experiência contou na competição.
“A equipa jogou na íntegra e todos os
alinhados para jogar deram os seus contributos na medida de o possível. Penso
que a participação e o resultado foram positivos”, afirma Cande que adianta
ainda que a participação do Djurtus marcou um passo “muito importante” e faz
com que a Guiné-Bissau seja conhecida na senda mundial.
“Perdemos, mas com cabeça erguida.
Realmente a Guiné-Bissau de hoje não é de ontem e todos os países que virão
jogar com a nossa selecção terão que pensar duas vezes”.
“Deixa-me sonhar porque enquanto
treinador o meu dever é colocar a minha equipa na meta estipulada. Eu pedi para
todos os guineenses sonharem para a nossa participação condigna sendo aquela a
nossa primeira participação na história. Temos grandes potências mais do que a
Guiné-Bissau em todos os sentidos, mas eles também estão fora das competições”,
adianta.
Questionado sobre o capitão da selecção
nacional, Bocundji Cá, que não se alinhou em nenhum dos onze iniciais, em três
jogos da selecção, Candé assegurou que todos os 23 jogadores que foram
convocados, cada um têm a sua importância, portanto Bocundji Cá estava no banco
como outros jogadores que fazem parte da equipa.
˝Somos uma equipa e a opção técnica pode
recair por qualquer jogador e Bocundji Cá continua ser capitão da equipa da selecção
nacional, ninguém pode- lhe retirar esse mérito. Não esteve no onze, outro
jogador preencheu no seu lugar, portanto não temos justificativos neste momento
e na conferência de imprensa estaremos em condições de fazer uma análise
generalizada da situação˝ espelhou.
O Capitão do “Djurtus” Bucundji Cá,
também mostrou-se satisfeito com a participação da selecção nacional no
campeonato africano e promete continuar a dar o possível para a Guiné-Bissau
apesar de não ser utilizado nos três jogos da turma nacional.
Para José Lopes (Zezinho), a estreia da
selecção no CAN, é uma lição de aprendizagem e promete dar o melhor para que a
Guiné-Bissau possa voltar a competir no próximo Campeonato Africano das Nações,
em 2019, que se realiza no Camarões.
“A próxima vez, iremos mais preparados e
a falta de experiencia contou e pedimos desculpas ao povo guineenses e na
próxima competição iremos dá-los mais orgulho”, garante.
Por sua vez o secretário executivo da
federação da Guiné-Bissau, Catio Baldé, admite que é difícil trabalhar sem uma
autonomia financeira embora, depois da demostração da selecção no CAN,
mostra-se confiante na maior atenção dos governantes guineenses em relação ao
futebol nacional.
“A partir de agora temos futuro risonho
e tudo vai depender do Estado”.
Entre os 23 seleccionados, Frederic
Mendy e Abel Issa Camará não chegaram a Guiné-Bissau e seguiram a viagem para
os seus referidos clubes.
A equipa da casa terminou o grupo A da
fase de grupos em último com apenas 1 ponto fruto do empate conseguido no jogo
inaugural frente ao Gabão.
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