quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Guiné-Bissau: Ser Politico é querer a felicidade dos outros antes do poder

Há uma diferença radical entre a democracia e a demagogia. Confundir uma coisa com a outra é um erro enorme, e dirigentes do PAIGC, todos já tem idades para saberem isso. Porquê bloquear ANP?

As obras dos combatentes da liberdade da pátria guineense, foram realizadas com amor e sacrifícios, que seguramente, nos foi dado hoje como premio da satisfação da consciência nacional

A falta de coragem dos actuais dirigentes do país e em particular dos do PAIGC, torna difíceis as tarefas fáceis, da construção do país na unidade de todos, pois não tiveram ousadia em tornar fácil as tarefas que parecem difíceis, que é da consolidação da unidade nacional para construção da felicidade do povo guineense. Caminharemos mais seguro quando pudermos fazer-se acompanhar com a memória do passado.

É com o coração amargurado que observamos o atoleiro moral a que nos conduziu a classe politica que nos tem governado, na sua maioria dirigentes do PAIGC.

Há quem se pretenda absolver dos erros cometidos, na ANP, dizendo-nos que estão em defesa da democracia. Esta ténue defesa não convencerá qualquer pessoa escorreita normalmente, porque, a aceitar tal tese, estaria definitivamente afundadar a democracia.

O que aconteceu e continua acontecer, foi que aqueles que estão, nos governou e governa, não tinham e nem tem merecimentos capazes e, sobretudo, faltou-lhes a dignidade para colocarem em todas circunstâncias, como seria o seu dever, o Povo que, pelo voto, lhes deu a anuência, acima dos seus interesses ou dos objectivos dos seus partidos. Não souberam colocar-se no plano nacional, honrando a nação guineense, que lhe deu o chão onde nasceram. A uns, como José Mário Vaz, Cipriano Cassama, faltou pelo menos aquele mínimo de imaginação e coragem.

Os outros, como Domingos Simões Pereira, … não lograram encontrar um mínimo de patriotismo (tão apregoado, principalmente na exemplar eleições de 2014), que lhes permitisse pôr de lado ideologias vazias de conteúdo e olhar de frente os interesses reais deste martirizado povo Guineense.

Não souberam, nem uns nem outros, colocar-se no plano nacional, esquecendo que as sociedades vivem sobretudo, dos actos que fazem a vida dos cidadãos.

Ser político é estar vocacionado para um serviço que, encontra a única recompensa na realização do bem comum. Ser político é, acima de tudo, querer a felicidade dos outros antes do poder.

Ser político é saber amar e perdoar para, com estes sentimentos, encontrar os conceitos onde cabem todos os Homens, guineense em particular.

Vai haver novas eleições em 2018, mas, quaisquer que sejam os resultados eleitorais, com os mesmos homens sairão os mesmíssimos actos que conduzirão, mais tarde ou mais cedo, a idênticos fins.

A Guiné-Bissau, pode beneficiar, com governantes conduzidas pelo ideal superior que tem a nação guineense como objectivo, e como beneficiário os cidadãos guineenses. Mas como podem ser governantes com este ideal os que afundaram a ordem, rasgaram a nossa história enquanto povo? E os outros … os outros a quem até a coragem faltou, ao menos para rasgar a mascara aos que mascaram na ANP?

Confiemos que a Presciência buscará na “Tabanka” dos anónimos os homens e mulheres que, por nobreza de sentimentos, porão a sua acção ao serviço da Guiné-Bissau que devemos trazer no coração.

Dr. Wilkinne-n-Fanhi, in IBD

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