segunda-feira, 1 de junho de 2020

INSTRUMENTALIZAÇÃO ÉTNICA NA GUINÉ-BISSAU:PELOS AUTODENOMINADOS “MININUS DI PRAÇA”

PELAS FUTURAS GERAÇÕES

A NOSSA MENSAGEM

Pelas Futuras Gerações e pela nossa! Da profundeza dos Tempos, aportamos à nossa Época!
Trazemos a Sabedoria dos Antigos e do nosso Tempo! Não renegamos a nossa Cultura nem rejeitamos o contributo válido de qualquer outra! Compreendemos melhor o Passado e perspectivamos na medida justa o nosso Futuro Colectivo!

Com o presente Blogue, queremos dar o nosso contributo para uma reflexão isenta sobre o nosso País e a Sociedade que temos ou queremos ter. Não pretendemos ter o exclusivo da Verdade! Reflectimos sobre o que achamos de interesse comum, como contributo para o nosso Desenvolvimento Colectivo, para o qual você está convidado a ter Opinião!

Essa reflexão é necessária para a afirmação e definição de uma Cidadania responsável e para a melhoria da qualidade da nossa Sociedade, determinante para o sucesso ou insucesso de qualquer processo de Desenvolvimento Humano. Um Povo sem Regra de Vida (em Família, na Escola, na Economia, na Política, etc) torna-se um estropício para o resto da Humanidade, a começar por si próprio.

A Vida dos Povos é comparável à uma Corrida de Estafeta em que cada Nova Geração deve fazer a Melhor Corrida possível de modo a Transmitir à Geração Seguinte o Testemunho da sua Competência Global em condições de alcançar a Vitória Final.

Venha connosco! Para o Futuro! Pelas Futuras Gerações que, sem culpa, irão sofrer pelos Erros que a nossa Geração está cometendo contra si própria, tornando-se causa remota do seu possível fracasso ou desconforto, quando já cá não estivermos!

Nós estamos a bordo, buscando o rumo certo! Aceite o nosso convite!

O caminho é longo e movediço! Mas é o caminho! Somos os

INTELECTUAIS BALANTAS NA DIÁSPORA!


“Ser de praça” é um conceito social usado por um grupo de pessoas para não se sujeitarem ao crivo de rigor académico para a ocupação de certos cargos na administração pública […].


Em muitos países, a maioria das elites são oriundas de regiões suburbanas ou aldeias. Na Rússia temos o Putin; em Portugal foi o caso do Professor Cavaco Silva; no reino unido tivemos o David Cameron, etc. Essas figuras publicas passaram pelo crivo de excelência académica e experiência profissional associado à aptidão de vencer num concurso ou sufrágio publico sem serem escolhidos ou nomeados.

“Ser de praça” não nos incomoda, mas sim, o ódio étnico que deveria ser criminalizado (como esperamos no advento da Revisão Constitucional) porque traz consequências imprevisíveis. Qualquer um pode-se apelidar de praça; isso é como alguém se auto-intitular de algo de que se sonha ou se admira.

Os tais “Meninos de praça” na Guiné-Bissau não passam de um conjunto de indivíduos ou sensibilidades que, depois de 17 de outubro de 86 consolidaram-se num novo figurino invisível, “dono e gestor”, substituindo o Estado e o poder central na praça de Bissau. Esse grupo representa apenas 5 - 10% da população total, subjugando em todos os aspectos a maioria dos bissau-guineenses, notoriamente são poucos interessados em identificarem-se no desenvolvimento sustentável e transversal da Guiné-Bissau no seu todo.

Essa franja de indivíduos com complexo de identificação étnica, a roçar o ódio étnico, foram os “fabricantes” de todos os tipos de golpes de Estado (com aliciamentos e envolvimentos dos Generais) que temos assistido desde o golpe de Estado de 14 de novembro de 1980; são os responsáveis pela destruição do conceito de Estado e em consequência o próprio Estado da Guiné-Bissau, através da promoção da corrupção, nepotismo, clientelismo, e apropriação partidária da Função Publica como forma de centralização do poder no Partido libertador, facilitando o acesso ao emprego para os seus militantes.

Essa mesma franja, que após o Caso 17 de Outubro 1986 (depois da limpeza étnica dos Balantas do PAIGC), teve o PAIGC como base de apoio para todos esses malabarismos então dirigido pelo General Nino Vieira (o percursor e introdutor de tráfico de Droga na Guine Bissau) que, maquiavelicamente representava a figura dos antigos combatentes nesta Esquadrilha somente para os combates eleitorais sob insígnias da Luta Armanda de um lado, doutro piscando olho assim à etnia papel como uma base étnica eleitoral de identificação, o que não passa de uma farsa orquestrada contra os Papeis.

Criou-se assim uma aliança transfronteiriça entre “os civilizados” de praça com a dita comunidade internacional - P5- em detrimento dos interesses do Povo Guineense. Essa aliança colocou estrategicamente os embaixadores pertencentes ao P5, que só representam os seus interesses. Deste modo, o País passou-se a ser gerido de fora para dentro pela dita Comunidade Internacional.
  
As definições de “Mininus di Praça di Bissau

   Os autodenominados “Genuínos Mininus di praça”: São os que julgam genuínos, civilizados, herdeiros de Honório Barreto, o núcleo duro Central da purga, nascidos em Capitais, tais como Cacheu, Bolama, Bissau, que julgam donos da Guiné-Bissau Intelectual, por serem netos das Civilizações assimiladas dos colonos, baptizados nas antigas tradições católicas Portuguesas, que os incutiram complexos e ódio étnicos, são os verdadeiros motores discriminatórios do sistema. Nesta categoria estão incluídos também os filhos dos Militares Portugueses não reconhecidos, filhos dos antigos Cipaios e administradores portugueses e elementos de origens Cabo-verdianos ou Libanês/Sírios misturados com sangue étnico autóctones.
 “Os GEBAS,” estes não passam de filhos das misturas multiétnicas autóctones, gerados na metrópole, muitos sem conhecer os pais e alguns com identidades étnicas bem definidas, mas simplesmente não assumidas. Também incutidos os complexos e ódio étnicos em não se identificarem com etnias pelos colonos portugueses. E em suma, não existe uma etnia Geba mas sim um Mito.  

“Os Escoados” - os fifty-fifty -  uma forma de transição ou passagem suave entre pertença étnica para categoria de “mininus di praça”. Aqui já não é culpa dos portugueses e nem é preciso ser baptizado. Muitos desta gente tiveram que mudar nomes étnicos para apelidos de praça (no Reinado do Sr. Cadogo) para ter que passar os concursos públicos por efeito do emprego.

Ora, é esta forma de estratificação Social montada há tempo a funcionar como eixo de mal que deve ser combatida; são incapazes de arrancar ou desbloquear o desenvolvimento do País e ao mesmo tempo não permitir que outros o façam. Esse bloqueio é que constituiu o nosso primeiro objectivo em escrever este artigo de opinião centrado na luta contra essa estratificação social e nunca contra etnias que são a base da nossa essência. Estes infelizes têm sustentado o verdadeiro eixo do mal durante anos invisivelmente montado para manter no poder uns grupelhos de sanguessugas ávidos de substituir os Colonos Brancos na forma e nas acções. Nunca aceitaram nenhum tipo de mudança que reverta em melhorias das condições de vidas das populações como foi o juramento à vida do próprio Amílcar Lopes Cabral.

Temos que apelar à nossa População em geral sobre estes fenómenos insidiosos dos ditos “Civilizados di Praça” altamente perigoso, que já contribuiu e muito na desagregação de tecido social Guineenses e tbm na inviabilidade da consolidação Democrática e da unidade Nacional.

Alerta máxima para etnia Papel que tem sido usado e abusado nas Campanhas eleitorais como uma base étnica pelos “mininus di praça” - esta categoria dos “Civilizados” maquiavelicamente serve-se da etnia Papel como base étnica da identificação para aparentar-se (atenção Papeis, muitos deles não tem afinidades étnica com os convosco) só pelo facto de terem nascidos em Bissau, zona predominante dos Papeis. Deste modo, muitos dos Papeis, “étnico-cegos”, embarcaram-se nesta aventura que não passou de uma armadilha de “Mininus di Praça” em armar um mero suporte étnico eleitoral. Eles não querem e nunca quiseram saber dos Papeis Reais que vivem nas aldeias. Agindo deste modo, estão a expor os Papeis como etnia em risco de colisões com outras etnias, colocando-os falsamente num patamar superior que outras; uma manipulação bem conhecida de “dividir para reinar”, herdada do colonialismo. Um dos exemplos foi um facto usado na instrumentalização do caso do tal deputado da etnia Papel que quase podia dar para torto com consequências imprevisíveis. “Pepelis nha parentis Bo iabri  udjus deh !! Tugas bai Dja, essis i Pretus suma nós... só pa pui ellis no sê lugar mas nada”.

Quanto ao resto da população, constitui realmente uma maioria finamente discriminada, por parte desta franja maquiavélica da Cidade, explorada de todas as formas, desprovidas dos direitos fundamentais consagrados nos pilares das Nações Unidas, tais como o saneamento básico, educação e saúde. Mesmo o simples juntar-se ou reunir-se em comunidades rurais é censurado pelos ditos “civilizados”. Quando isso acontece são apelidados de tribalistas ou raça de fundinho na mesquita, nomes como “Conferencia di Nhoma”, etc. Enquanto eles já podem livremente fazer suas conferências de concentrações ou reuniões de Clã em qualquer momento e lugar (desde santuário di Cacheu, Rotary Club Bissau, etc). Esta forma de discriminação da minoria sobre a maioria, recorda-se é um pressuposto para o Genocídio.

Portanto a nossa opinião é legislar quanto antes possível sobre esta matéria, quiçá, já na próxima Revisão da Constituição.

De referir que o General Umaro Sissoco Embalo, apercebendo desta Clivagem Social, leu bem a realidade e apresentou-a na sua Campanha e teve brilhante resultado e ninguém hoje tem dúvidas desta bipolaridade na Guiné-Bissau. Acabou por ser um justo vencedor das eleições Presidenciais, até com uma certas facilidades, porque soube sair e aproveitar os anseios de maioria da População discriminada, lutando em prol da coesão e para uma união verdadeira duma Guiné-Bissau justa e com igualdade de oportunidade para todos.

Por isso também acreditamos que os interesses de classe e a própria classe tem que ser combatida desmantelada, alias é isso que as Redes sociais estão a fazer e bem com um enorme Contributo Cívico dos CET na frente o Sr Leopoldo Sadar.

“Ser de praça” é relativo – depende muito de onde se encontra e o que se faz. Ora se “ser de praça” é apenas saber vestir, comer com faca e garfo à mesa, ir às festas, então preferimos as nossas posições sociais actuais. Em Portugal, durante a nossa passagem pelas Universidades vimos portugueses de gema que não sabiam bem usar facas e garfos; será que não eram de praça ou civilizados?

“Os de praça” que aceitem então o desafio de concurso público para um lugar de relevo para ingresso à Função Publica […].

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