
O protesto com palavras de ordem e tarjas decorreu à
porta das novas instalações da Comissão Nacional de Eleições, ao mesmo tempo
que decorria a inauguração daquele espaço, em Bissau.
Segundo Dias Vaz, um dos responsáveis pelos jovens
"brigadistas" que realizaram o recenseamento por todo o país, o
protesto é dirigido ao Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE),
que funciona num edifício contíguo.
Nesta altura, está por entregar uma parcela dos
pagamentos e os jovens receiam que, como noutras ocasiões, "ninguém a
pague, por ser a última", referiu.
O recenseamento devia ter decorrido em dezembro, mas
prolongou-se até 08 de fevereiro e os jovens dizem que já houve dificuldades
para receber as duas tranches anteriores, acrescentou Dias Vaz - sendo que
agora estão em causa 16 dias de trabalho, pagos a cerca de 15 euros (10 mil
francos CFA) por dia.
Confrontado com o protesto, Batista Té, ministro da
Administração do Território e Poder Local, garantiu aos jornalistas que as
verbas em causa vão ser pagas em breve e que já informou uma comissão dos
recenseadores.
"Não temos o dinheiro no cofre do GTAPE, está com
os doadores" que vão "desbloquear as verbas", concluiu.
A Comissão Nacional de Eleições da Guiné-Bissau passou
hoje a funcionar em novas instalações, lado a lado com o GTAPE, num conjunto de
edifícios recuperado com o apoio da comunidade internacional.
Na inauguração, o primeiro-ministro de transição, Rui
de Barros, referiu que estão asseguradas as condições de funcionamento
"para a última etapa do processo eleitoral que são as eleições".
Apesar de estarem marcadas para 16 de março, as
eleições gerais na Guiné-Bissau deverão ser adiadas para uma data a anunciar
pelo Presidente de transição, Serifo Nhamadjo, depois de consultas realizadas
aos partidos e outras entidades.
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