«Encorajou as autoridades da Guiné-Bissau a
concertar com a CEDEAO, e outros parceiros africanos, o mandato de uma ECOMIB
reconfigurada para apoiar a implementação das reformas.
Notou, ainda, as vantagens de tal mandato vir a ser
reconhecido pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas para gerar confiança
internacional no processo de reformas e facilitar o seu cofinanciamento.
(...)
Sublinhou, a este respeito, que o GIC (Grupo
Internacional de Contacto) deverá ter em conta a tomada de decisões, a curto
prazo, pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas quanto à renovação e
atualização do mandato da UNIOGBIS e reconhecimento do mandato da ECOMIB
reconfigurada para apoiar as reformas do sector de defesa e segurança.»
Não se trata, obviamente, de uma ECOMIB
reconfigurada, mas de uma MISSANG reciclada, que deverá coroar os esforços de
Angola para chegar ao Conselho de Segurança. Julgo que há aqui "um grande equívoco da diplomacia angolana" pois o poder, no CS das NU, é um não-poder,
consubstanciado no direito de veto. Não dá para atribuir missões ou
«reconhecer» mandatos.
Mas o plano tem, entre outros, um ponto fraco
capital: fica dependente da CEDEAO, para reconfigurar a sua ECOMIB. Como a
CEDEAO não está mesmo nada para aí virada, a ideia da planeada invasão fica
adiada, pelo menos por mais 100 dias que é quanto dura ainda o mandato da
ECOMIB, tantos quantos a extensão do estado de graça solicitada por DSP. Não
havendo, nessa data, concertação possível com a CEDEAO, que vai fazer? Assumir
uma força «africana» auto-proposta e proclamada? Com que designação? Força de
apoio à implementação de reformas? O ridículo de toda esta psicose serve apenas
para desacreditar a CPLP!
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